Dexia aceita oferta do governo belga para formar 'banco podre'
A decisão do governo inclui a criação de um banco residual no qual se concentrarão os ativos tóxicos vinculados à dívida soberana
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2011 às 08h11.
Bruxelas - O Conselho de Administração do Dexia aceitou formalmente a oferta do governo belga para dividir em três a entidade e nacionalizar por 4 bilhões de euro a filial belga.
'A decisão foi adotada por unanimidade', confirmou o presidente do Conselho de Administração do Dexia, Jean-Luc Dehaene, em entrevista coletiva transmitida por teleconferência.
Dehaene acrescentou que foi 'uma decisão difícil, mas o Conselho não duvidou em assumir suas responsabilidades'.
A decisão inclui a criação de um banco residual no qual se concentrarão os ativos tóxicos vinculados à dívida soberana, entre os quais figuram atividades do Dexia Sabadell (Espanha), Dexia Crediop (Itália) e DKD (Alemanha), frisou o executivo-chefe do Dexia, Pierre Mariani, na mesma entrevista.
Mariani explicou que a venda destes ativos é mais complicada atualmente por sua vinculação à dívida soberana e confiou em poder vendê-los mais adiante em melhores condições.
Esse 'banco podre' terá ativos no valor de 90 bilhões de euros, que serão garantidos de maneira conjunta pela Bélgica (54 bilhões), França (32,85 bilhões) e Luxemburgo (3,15 bilhões) 'durante o tempo necessário até a venda das atividades', segundo Mariani.
O executivo-chefe destacou que os administradores do Dexia também concordaram em autorizar as negociações com o banco público francês Caisse dês Dépôts et Consignations (CDC), o maior acionista do Dexia, e com o Banque Postale para determinar o futuro da filial francesa, Dexia Municipal Agency (DMA).
Dehaene e Mariani insistiram que o Dexia não tem um problema de solvência, mas de liquidez e asseguraram que o acordo de hoje dá oxigênio ao financiamento em curto prazo.
'Houve uma crise dentro da crise, causada pela dívida soberana, e isto afetou o Dexia porque estava especialmente centrado em financiamento de entidades' locais e regionais, comentou Dehaene.
Além disso, lembraram que nos últimos três anos a necessidade de financiamento em curto prazo já foi reduzida, assim como a presença internacional do Dexia com a saída de países como Japão, México, Dinamarca e Austrália.
A cotação do Dexia na Bolsa de Bruxelas permanece suspensa, mas pode ser retomada em breve, apesar de a Autoridade de Serviços e Mercados Financeiros não definir uma data. EFE
Bruxelas - O Conselho de Administração do Dexia aceitou formalmente a oferta do governo belga para dividir em três a entidade e nacionalizar por 4 bilhões de euro a filial belga.
'A decisão foi adotada por unanimidade', confirmou o presidente do Conselho de Administração do Dexia, Jean-Luc Dehaene, em entrevista coletiva transmitida por teleconferência.
Dehaene acrescentou que foi 'uma decisão difícil, mas o Conselho não duvidou em assumir suas responsabilidades'.
A decisão inclui a criação de um banco residual no qual se concentrarão os ativos tóxicos vinculados à dívida soberana, entre os quais figuram atividades do Dexia Sabadell (Espanha), Dexia Crediop (Itália) e DKD (Alemanha), frisou o executivo-chefe do Dexia, Pierre Mariani, na mesma entrevista.
Mariani explicou que a venda destes ativos é mais complicada atualmente por sua vinculação à dívida soberana e confiou em poder vendê-los mais adiante em melhores condições.
Esse 'banco podre' terá ativos no valor de 90 bilhões de euros, que serão garantidos de maneira conjunta pela Bélgica (54 bilhões), França (32,85 bilhões) e Luxemburgo (3,15 bilhões) 'durante o tempo necessário até a venda das atividades', segundo Mariani.
O executivo-chefe destacou que os administradores do Dexia também concordaram em autorizar as negociações com o banco público francês Caisse dês Dépôts et Consignations (CDC), o maior acionista do Dexia, e com o Banque Postale para determinar o futuro da filial francesa, Dexia Municipal Agency (DMA).
Dehaene e Mariani insistiram que o Dexia não tem um problema de solvência, mas de liquidez e asseguraram que o acordo de hoje dá oxigênio ao financiamento em curto prazo.
'Houve uma crise dentro da crise, causada pela dívida soberana, e isto afetou o Dexia porque estava especialmente centrado em financiamento de entidades' locais e regionais, comentou Dehaene.
Além disso, lembraram que nos últimos três anos a necessidade de financiamento em curto prazo já foi reduzida, assim como a presença internacional do Dexia com a saída de países como Japão, México, Dinamarca e Austrália.
A cotação do Dexia na Bolsa de Bruxelas permanece suspensa, mas pode ser retomada em breve, apesar de a Autoridade de Serviços e Mercados Financeiros não definir uma data. EFE