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Deslizamento deixa 8 mortos e 108 desaparecidos nos EUA

"Ainda estamos no modo de resgate aqui, mas a situação é muito preocupante", disse Travis Hots, chefe do Corpo de Bombeiros do condado de Snohomish

Socorrista faz pausa após trabalhar no resgate a vítimas de deslizamento: ainda há o risco de um novo deslizamento, devido à instabilidade do terreno (Getty Images North America/AFP/Arquivos)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 18h37.

Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas, e oito já morreram após um grande deslizamento que atingiu no sábado, "como um trem de carga", uma comunidade nas montanhas do noroeste dos Estados Unidos, segundo o último comunicado das autoridades locais.

O número de pessoas consideradas desaparecidas após o deslizamento de terra passou de 18 para 108, de acordo com o último registro desta segunda-feira, chocando a comunidade rural de Oso, a nordeste de Seattle (estado de Washington).

"Ainda estamos no modo de resgate aqui, mas a situação é muito preocupante", disse Travis Hots, chefe do Corpo de Bombeiros do condado de Snohomish.

"Temos esperança de encontrar pessoas que ainda estejam vivas, mas não encontramos ninguém vivo desde sábado", acrescentou.

O diretor do Departamento de Controle de Emergências do condado, John Pennington, declarou que o número de desaparecidos deve ser considerado com cautela, já que inclui todas as pessoas que possam ter estado na área e não foram localizadas até o momento, mas que não desapareceram necessariamente no deslizamento.

Ele afirmou ainda que 49 casas de diversos tipos foram afetadas, e que, provavelmente, havia mais pessoas em suas casas do que o normal por se tratar de um fim de semana.

"Até o momento, temos 108 indicações de nomes de indivíduos" que estão desaparecidos, disse Pennington. "Isso não significa que sejam 108 feridos, ou 108 mortes. São 108 indicações", ressaltou.

Os escombros deixados pelo deslizamento alcançam uma área de cerca de 2,4 quilômetros de extensão, informou o jornal "The Seattle Times".


As equipes de resgate reportaram ter ouvido vozes pedindo ajuda no sábado, mas Host informou à imprensa que eles "não viram, ou escutaram sinais de vida" no domingo.

Um bebê de quatro meses e sua avó estão entre os desaparecidos, segundo médicos locais.

"Estamos empregando o máximo de pessoas possível", garantiu o governador de Washington, Jay Islee, que determinou estado de emergência para a área, em entrevista coletiva no domingo.

Ainda há o risco de um novo deslizamento, devido à instabilidade do terreno.

A área é tão irregular que alguns membros da equipe de resgate "ficaram presos literalmente até as axilas", e tiveram de ser resgatados, segundo Islee.

"35 a 45 segundos"

Entre os feridos, estão um bebê de seis meses e um homem de 81 anos, ambos hospitalizados em estado crítico em um hospital de Seattle, informaram médicos locais.

"O som foi como um trem de carga", contou Dan Young ao canal Komo4News. "Durou apenas 35, ou 45 segundos", acrescentou. Sua casa ficou inundada, mas permaneceu de pé.

"É muito pior do que todo o mundo está dizendo", declarou um bombeiro, que não quis se identificar, ao "The Seattle Times".

"O deslizamento teve 1,6 quilômetro de largura. Bairros inteiros desapareceram. Quando chegou ao rio (Stillaguamish), foi como um tsunami", descreveu.

A chuva tem sido particularmente forte na região das montanhas Cascade nas últimas semanas, e os serviços meteorológicos apostam em que a situação vai continuar pelos próximos dias.

A senadora Patty Murray (Washington) garantiu que haverá recursos federais para ajudar a região. Também aproveitou para agradecer aos socorristas e dar suas condolências às famílias da comunidade devastada.

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Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas, e oito já morreram após um grande deslizamento que atingiu no sábado, "como um trem de carga", uma comunidade nas montanhas do noroeste dos Estados Unidos, segundo o último comunicado das autoridades locais.

O número de pessoas consideradas desaparecidas após o deslizamento de terra passou de 18 para 108, de acordo com o último registro desta segunda-feira, chocando a comunidade rural de Oso, a nordeste de Seattle (estado de Washington).

"Ainda estamos no modo de resgate aqui, mas a situação é muito preocupante", disse Travis Hots, chefe do Corpo de Bombeiros do condado de Snohomish.

"Temos esperança de encontrar pessoas que ainda estejam vivas, mas não encontramos ninguém vivo desde sábado", acrescentou.

O diretor do Departamento de Controle de Emergências do condado, John Pennington, declarou que o número de desaparecidos deve ser considerado com cautela, já que inclui todas as pessoas que possam ter estado na área e não foram localizadas até o momento, mas que não desapareceram necessariamente no deslizamento.

Ele afirmou ainda que 49 casas de diversos tipos foram afetadas, e que, provavelmente, havia mais pessoas em suas casas do que o normal por se tratar de um fim de semana.

"Até o momento, temos 108 indicações de nomes de indivíduos" que estão desaparecidos, disse Pennington. "Isso não significa que sejam 108 feridos, ou 108 mortes. São 108 indicações", ressaltou.

Os escombros deixados pelo deslizamento alcançam uma área de cerca de 2,4 quilômetros de extensão, informou o jornal "The Seattle Times".


As equipes de resgate reportaram ter ouvido vozes pedindo ajuda no sábado, mas Host informou à imprensa que eles "não viram, ou escutaram sinais de vida" no domingo.

Um bebê de quatro meses e sua avó estão entre os desaparecidos, segundo médicos locais.

"Estamos empregando o máximo de pessoas possível", garantiu o governador de Washington, Jay Islee, que determinou estado de emergência para a área, em entrevista coletiva no domingo.

Ainda há o risco de um novo deslizamento, devido à instabilidade do terreno.

A área é tão irregular que alguns membros da equipe de resgate "ficaram presos literalmente até as axilas", e tiveram de ser resgatados, segundo Islee.

"35 a 45 segundos"

Entre os feridos, estão um bebê de seis meses e um homem de 81 anos, ambos hospitalizados em estado crítico em um hospital de Seattle, informaram médicos locais.

"O som foi como um trem de carga", contou Dan Young ao canal Komo4News. "Durou apenas 35, ou 45 segundos", acrescentou. Sua casa ficou inundada, mas permaneceu de pé.

"É muito pior do que todo o mundo está dizendo", declarou um bombeiro, que não quis se identificar, ao "The Seattle Times".

"O deslizamento teve 1,6 quilômetro de largura. Bairros inteiros desapareceram. Quando chegou ao rio (Stillaguamish), foi como um tsunami", descreveu.

A chuva tem sido particularmente forte na região das montanhas Cascade nas últimas semanas, e os serviços meteorológicos apostam em que a situação vai continuar pelos próximos dias.

A senadora Patty Murray (Washington) garantiu que haverá recursos federais para ajudar a região. Também aproveitou para agradecer aos socorristas e dar suas condolências às famílias da comunidade devastada.

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