Desigualdade se mantém no Chile apesar de pobreza diminuir
Apesar da queda da pobreza no Chile, o governo afirmou que a desigualdade se manteve no mesmo patamar
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2015 às 20h11.
Santiago -- A desigualdade se mantém no Chile , um dos países onde essa situação é mais gravemente vivida, embora a pobreza tenha diminuído, conforme a última pesquisa de Caracterização Socioeconômica Nacional (Casen) 2013, divulgada neste sábado pela ministra do Desenvolvimento Social chilena, María Fernanda Villegas.
De acordo com María Fernanda, 14,4% dos chilenos vivem em situação de pobreza por renda, enquanto 4,5% estão na extrema pobreza . 'Há um diminuição na pobreza, mas não há mudanças significativas na desigualdade', declarou a ministra.
O total de renda é a maneira como o Chile costuma medir a pobreza, mas atualiza a contabilização de acordo com as necessidades da população, para equiparar-se aos padrões mais exigentes do que o chileno considera um mínimo nível de vida aceitável.
María Fernanda explicou que na pesquisa da Casen 2013 foram utilizados novos elementos de medição com uma análise que distingue carências básicas, como educação, saúde, trabalho, seguridade social e habitação, onde a pobreza multidimensional alcançou 20,4%.
Nessa linha, ela disse que a contagem multidimensional reconhece que o bem-estar, as necessidades e a situação de pobreza dos chilenos não dependem apenas da renda suficiente para adquirir uma cesta básica, mas também da satisfação de suas necessidades e do exercício do direito nas áreas primordiais.
De acordo com o levantamento, 5,5% dos chilenos estão em situação de pobreza por renda e multidimensional. 'Apesar de a nova metodologia ter efeitos no nível de pobreza, confirmamos que esta se mantém em baixa, como vem ocorrendo desde 1990, independentemente do método utilizado', destacou.
Segundo a ministra, a pesquisa confirma um dado já sabido, o de que o país apresenta altas e persistentes taxas de desigualdade.
María Fernanda ressaltou que se fosse considerado o método utilizado anteriormente pela Casen, com resultado divulgado em julho de 2012, a pobreza teria caído 7,8%. Já a pobreza extrema seria de até 2,5%.
'Estes resultados confirmam a mesma tendência de baixa que a demonstrada com a nova metodologia', detalhou a titular da pasta de Desenvolvimento Social.
A metodologia anterior considerava que a pobreza era estabelecida quando o chileno tinha renda igual ou inferior a 66.084 pesos (R$ 272), enquanto a nova considera um montante igual ou inferior a 136.911 pesos (R$ 563). Já a extrema pobreza era a partir de renda igual ou inferior a 39.725 pesos (R$ 163), enquanto a atual forma de medir considera que uma pessoa vive nessa condição quando tem renda igual ou inferior a 91.274 pesos (R$ 375).
A pesquisa, realizada desde 1987, tinha se descaracterizado no governo de Sebastián Piñera quando foram detectados que alguns números foram adulterados. Por conta disso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) decidiu reavaliar a ajuda que prestava na elaboração da Casen.
A pesquisa serve de base para determinar as políticas sociais dos governos para os setores de baixa renda. O levantamento é feito com 71,5 mil famílias do país, em 335 municípios e sua margem de erro é de 0,3%.
Santiago -- A desigualdade se mantém no Chile , um dos países onde essa situação é mais gravemente vivida, embora a pobreza tenha diminuído, conforme a última pesquisa de Caracterização Socioeconômica Nacional (Casen) 2013, divulgada neste sábado pela ministra do Desenvolvimento Social chilena, María Fernanda Villegas.
De acordo com María Fernanda, 14,4% dos chilenos vivem em situação de pobreza por renda, enquanto 4,5% estão na extrema pobreza . 'Há um diminuição na pobreza, mas não há mudanças significativas na desigualdade', declarou a ministra.
O total de renda é a maneira como o Chile costuma medir a pobreza, mas atualiza a contabilização de acordo com as necessidades da população, para equiparar-se aos padrões mais exigentes do que o chileno considera um mínimo nível de vida aceitável.
María Fernanda explicou que na pesquisa da Casen 2013 foram utilizados novos elementos de medição com uma análise que distingue carências básicas, como educação, saúde, trabalho, seguridade social e habitação, onde a pobreza multidimensional alcançou 20,4%.
Nessa linha, ela disse que a contagem multidimensional reconhece que o bem-estar, as necessidades e a situação de pobreza dos chilenos não dependem apenas da renda suficiente para adquirir uma cesta básica, mas também da satisfação de suas necessidades e do exercício do direito nas áreas primordiais.
De acordo com o levantamento, 5,5% dos chilenos estão em situação de pobreza por renda e multidimensional. 'Apesar de a nova metodologia ter efeitos no nível de pobreza, confirmamos que esta se mantém em baixa, como vem ocorrendo desde 1990, independentemente do método utilizado', destacou.
Segundo a ministra, a pesquisa confirma um dado já sabido, o de que o país apresenta altas e persistentes taxas de desigualdade.
María Fernanda ressaltou que se fosse considerado o método utilizado anteriormente pela Casen, com resultado divulgado em julho de 2012, a pobreza teria caído 7,8%. Já a pobreza extrema seria de até 2,5%.
'Estes resultados confirmam a mesma tendência de baixa que a demonstrada com a nova metodologia', detalhou a titular da pasta de Desenvolvimento Social.
A metodologia anterior considerava que a pobreza era estabelecida quando o chileno tinha renda igual ou inferior a 66.084 pesos (R$ 272), enquanto a nova considera um montante igual ou inferior a 136.911 pesos (R$ 563). Já a extrema pobreza era a partir de renda igual ou inferior a 39.725 pesos (R$ 163), enquanto a atual forma de medir considera que uma pessoa vive nessa condição quando tem renda igual ou inferior a 91.274 pesos (R$ 375).
A pesquisa, realizada desde 1987, tinha se descaracterizado no governo de Sebastián Piñera quando foram detectados que alguns números foram adulterados. Por conta disso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) decidiu reavaliar a ajuda que prestava na elaboração da Casen.
A pesquisa serve de base para determinar as políticas sociais dos governos para os setores de baixa renda. O levantamento é feito com 71,5 mil famílias do país, em 335 municípios e sua margem de erro é de 0,3%.