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Descobridor do ebola diz que crise pode durar mais 1 ano

Peter Piot, que lidera o departamento da OMS que administra a resposta à epidemia, disse que acredita que a doença irá se expandir até o fim de 2015

Peter Piot, um dos descobridores do vírus ebola em 1976:"devemos estar preparados para um esforço longo e sustentado, provavelmente durante todo o ano de 2015" (Denis Balibouse/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 09h22.

Londres - O microbiologista belga que em 1976 descobriu o ebola , Peter Piot, afirmou que prevê que pode passar um ano até que a epidemia do vírus na África possa ser controlada, em declarações que a "BBC" divulgou nesta quarta-feira.

Piot, que lidera o departamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que administra a resposta à epidemia, disse que acredita que a doença irá se expandir até o fim de 2015. Embora já tenha alcançado seu pico na Libéria e provavelmente "nas próximas semanas" em Serra Leoa, é possível que o atual surto tenha "uma sequela muito, muito longa e acidentada".

"A epidemia do ebola ainda está muito presente. Ainda há gente que morre, novos casos são detectados. Devemos estar preparados para um esforço longo e sustentado, provavelmente durante todo o ano de 2015", afirmou à "BBC".

O diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres comemorou os avanços feitos no controle da doença e se mostrou otimista sobre os novos tratamentos antivirais, apesar de advertir que levará um tempo para o desenvolvimento de vacinas.

"Foram estabelecidos centros de atendimento em todo o país, com ajuda britânica. Já não vemos essas cenas em que as pessoas morriam na rua", explicou, para acrescentar que simples tratamentos com fluidos intravenosos e antibióticos conseguiram reduzir a taxa de letalidade da doença a uma a cada três pessoas.

Sobre as vacinas, levarão mais tempo, mas é preciso produzi-las "para quando haja outra epidemia ou para caso esta se alargue", advertiu o cientista, que descobriu o ebola durante uma missão com uma equipe ao Zaire, a atual República Democrática do Congo.

A epidemia de ebola, que surgiu em dezembro de 2013 e afeta, sobretudo, Serra Leoa, Libéria e Guiné, na África Ocidental, causou a morte de 7.533 pessoas, segundo dados da OMS.

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Londres - O microbiologista belga que em 1976 descobriu o ebola , Peter Piot, afirmou que prevê que pode passar um ano até que a epidemia do vírus na África possa ser controlada, em declarações que a "BBC" divulgou nesta quarta-feira.

Piot, que lidera o departamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que administra a resposta à epidemia, disse que acredita que a doença irá se expandir até o fim de 2015. Embora já tenha alcançado seu pico na Libéria e provavelmente "nas próximas semanas" em Serra Leoa, é possível que o atual surto tenha "uma sequela muito, muito longa e acidentada".

"A epidemia do ebola ainda está muito presente. Ainda há gente que morre, novos casos são detectados. Devemos estar preparados para um esforço longo e sustentado, provavelmente durante todo o ano de 2015", afirmou à "BBC".

O diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres comemorou os avanços feitos no controle da doença e se mostrou otimista sobre os novos tratamentos antivirais, apesar de advertir que levará um tempo para o desenvolvimento de vacinas.

"Foram estabelecidos centros de atendimento em todo o país, com ajuda britânica. Já não vemos essas cenas em que as pessoas morriam na rua", explicou, para acrescentar que simples tratamentos com fluidos intravenosos e antibióticos conseguiram reduzir a taxa de letalidade da doença a uma a cada três pessoas.

Sobre as vacinas, levarão mais tempo, mas é preciso produzi-las "para quando haja outra epidemia ou para caso esta se alargue", advertiu o cientista, que descobriu o ebola durante uma missão com uma equipe ao Zaire, a atual República Democrática do Congo.

A epidemia de ebola, que surgiu em dezembro de 2013 e afeta, sobretudo, Serra Leoa, Libéria e Guiné, na África Ocidental, causou a morte de 7.533 pessoas, segundo dados da OMS.

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