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Deputados da oposição abandonam Assembleia na Venezuela

Objetivo é destravar uma disputa de poder entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a nova Assembleia Nacional

Deputado Julio Ygarza concede entrevista em chegada à Suprema Corte em Caracas: "Não vamos fazer o jogo político do governo" (REUTERS/Marco Bello)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 13h25.

Caracas - Três parlamentares da oposição venezuelana abriram mão de seus assentos nesta quarta-feira para destravar uma disputa de poder entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a nova Assembleia Nacional liderada pela oposição.

No ponto principal de um confronto acirrado entre o governo e o Congresso, a Suprema Corte da Venezuela impediu os três -além de um parlamentar governista- de exercerem seus cargos enquanto se investiga suspeitas de irregularidades de votos.

A oposição havia autorizado mesmo assim que seus três parlamentares barrados tomassem posse, mas os deputados decidiram abrir mão de seus assentos.

"Tomamos a decisão respeitosa de nossa desincorporação do Parlamento", disse a repórteres Julio Ygarza, um dos deputados eleitos pelo Estado do Amazonas, no sul do país, que pela manhã participou de um protesto em frente à Suprema Corte.

"Não vamos fazer o jogo político do governo... a Assembleia Nacional deve continuar a funcionar", acrescentou.

Críticos afirmam que a decisão da Suprema Corte foi uma manobra para diminuir os poderes legislativos recém-adquiridos pela oposição. O tribunal, que quase sempre julga a favor do governo, informou que as decisões do Congresso seriam nulas até que a posse dos três deputados fosse revogada.

Apesar da decisão dos parlamentares, a coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) ainda detém a maioria dos assentos da Assembleia, mas sem os dois terços que lhe permitiria fazer alterações profundas, como modificar ou promulgar leis orgânicas e nomear membros dos outros Poderes.

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No ponto principal de um confronto acirrado entre o governo e o Congresso, a Suprema Corte da Venezuela impediu os três -além de um parlamentar governista- de exercerem seus cargos enquanto se investiga suspeitas de irregularidades de votos.

A oposição havia autorizado mesmo assim que seus três parlamentares barrados tomassem posse, mas os deputados decidiram abrir mão de seus assentos.

"Tomamos a decisão respeitosa de nossa desincorporação do Parlamento", disse a repórteres Julio Ygarza, um dos deputados eleitos pelo Estado do Amazonas, no sul do país, que pela manhã participou de um protesto em frente à Suprema Corte.

"Não vamos fazer o jogo político do governo... a Assembleia Nacional deve continuar a funcionar", acrescentou.

Críticos afirmam que a decisão da Suprema Corte foi uma manobra para diminuir os poderes legislativos recém-adquiridos pela oposição. O tribunal, que quase sempre julga a favor do governo, informou que as decisões do Congresso seriam nulas até que a posse dos três deputados fosse revogada.

Apesar da decisão dos parlamentares, a coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) ainda detém a maioria dos assentos da Assembleia, mas sem os dois terços que lhe permitiria fazer alterações profundas, como modificar ou promulgar leis orgânicas e nomear membros dos outros Poderes.

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