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Deputado propõe que Parlasul discuta legalização da maconha

Proposta do paraguaio é discutir tanto a produção, distribuição, comercialização e o consumo das substâncias, quanto aspectos ligados à educação e à saúde

Maconha: deputado paraguaio propôs a abertura de um amplo debate sobre a eventual legalização da maconha no Parlasul (Reuters/Blair Gable)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 14h27.

Brasília - Membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o deputado paraguaio Ricardo Canese propôs aos demais parlamentares a abertura de um amplo debate sobre a eventual legalização da maconha e de outras drogas pelos países membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela).

A proposta de Canese é discutir não apenas a produção, distribuição, comercialização e o consumo das substâncias, mas também aspectos ligados à educação e à saúde.

Para o parlamentar, é necessário coragem para discutir o assunto abertamente. “Porque não só o narcotráfico, mas, obviamente, a narcopolítica, corrompem a sociedade, criando poderes ocultos que dificultam o funcionamento efetivo das instituições democráticas. Por isso, creio ser imprescindível e urgente abrir um debate com toda a sociedade”, disse Canese, hoje (10), durante a 32ª Sessão Ordinária do Parlasul. O evento ocorre em Montevidéu, no Uruguai.

Embora destaque como importante a experiência do Uruguai – que em 2013 aprovou a liberação regulada do plantio e da venda de maconha, Canese defendeu que soluções para o problema do tráfico de drogas e da violência só irão funcionar se discutidas e implementadas regionalmente.

“As drogas não conhecem fronteiras e não podemos seguir de olhos fechados para esse fato. No Paraguai, onde 17 jornalistas e incontáveis cidadãos foram mortos ao longo dos últimos 25 anos, operam os maiores cartéis do Brasil, tais como o Primeiro Comando da Capital [PCC] e o Comando Vermelho [CV]. Temos o caso dramático do México, onde 43 estudantes estão desaparecidos, possivelmente assassinados. A saída, portanto, tem que ser regional. A decisão isolada de um país terá pouca transcendência”, afirmou Canese à assessoria de imprensa do Parlamento.

“Não estou assumindo nenhuma posição antes de termos informações. É através da troca de ideias, de opiniões, que vamos poder chegar a um consenso sobre a melhor solução. O importante é o debate e eu entendo que o Parlasul é o foro adequado [para a discussão regional]”, concluiu Canese.

Durante a sessão de hoje, os parlamentares vão discutir e votar assuntos como o orçamento de 2015, os convênios entre o Parlasul e a Organização Latino-americana de Energia (Olade) e com a Corte Penal Internacional. Além disso, uma sessão extraordinária vai abordar a situação das Ilhas Malvinas.

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A proposta de Canese é discutir não apenas a produção, distribuição, comercialização e o consumo das substâncias, mas também aspectos ligados à educação e à saúde.

Para o parlamentar, é necessário coragem para discutir o assunto abertamente. “Porque não só o narcotráfico, mas, obviamente, a narcopolítica, corrompem a sociedade, criando poderes ocultos que dificultam o funcionamento efetivo das instituições democráticas. Por isso, creio ser imprescindível e urgente abrir um debate com toda a sociedade”, disse Canese, hoje (10), durante a 32ª Sessão Ordinária do Parlasul. O evento ocorre em Montevidéu, no Uruguai.

Embora destaque como importante a experiência do Uruguai – que em 2013 aprovou a liberação regulada do plantio e da venda de maconha, Canese defendeu que soluções para o problema do tráfico de drogas e da violência só irão funcionar se discutidas e implementadas regionalmente.

“As drogas não conhecem fronteiras e não podemos seguir de olhos fechados para esse fato. No Paraguai, onde 17 jornalistas e incontáveis cidadãos foram mortos ao longo dos últimos 25 anos, operam os maiores cartéis do Brasil, tais como o Primeiro Comando da Capital [PCC] e o Comando Vermelho [CV]. Temos o caso dramático do México, onde 43 estudantes estão desaparecidos, possivelmente assassinados. A saída, portanto, tem que ser regional. A decisão isolada de um país terá pouca transcendência”, afirmou Canese à assessoria de imprensa do Parlamento.

“Não estou assumindo nenhuma posição antes de termos informações. É através da troca de ideias, de opiniões, que vamos poder chegar a um consenso sobre a melhor solução. O importante é o debate e eu entendo que o Parlasul é o foro adequado [para a discussão regional]”, concluiu Canese.

Durante a sessão de hoje, os parlamentares vão discutir e votar assuntos como o orçamento de 2015, os convênios entre o Parlasul e a Organização Latino-americana de Energia (Olade) e com a Corte Penal Internacional. Além disso, uma sessão extraordinária vai abordar a situação das Ilhas Malvinas.

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