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Depois de terremoto no Haiti, 500 mil ainda vivem em acampamentos

Representante da ONU alerta que locais têm problemas de saneamento básico

Desabrigados no Haiti: 1 milhão de pessoas já deixaram os acampamentos (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 16h12.

Genebra - Os acampamentos ainda são a moradia de meio milhão de pessoas, depois do terremoto que assolou grande parte do Haiti no dia 12 de janeiro de 2010, disse nesta quarta-feira o coordenador humanitário haitiano da ONU, Nigel Fisher.

Apesar de esse número representar um terço do total que já ocupou as instalações temporárias, as pessoas que se encontram hoje nestes locais enfrentam 'uma situação que não é tão boa como a que havia há um ano', afirmou o coordenador.

Fisher explicou que as tendas já exibem uma notável deterioração e alertou sobre o risco de redução ads atividades relacionadas ao abastecimento de serviços de saneamento básico, distribuição de água potável e gestão de resíduos. O motivo é que as entidades que se ocupam dessas tarefas estão ficando sem fundos, sendo obrigadas a encerrar suas atividades no local.

Esta situação poderia ter também um impacto na epidemia de cólera registrada na ilha, onde se contabilizaram cerca de 500 mil casos e onde mais de 6,7 mil pessoas morreram desde outubro de 2010.

Segundo o humanitário, os especialistas afirmam que 'a epidemia continuará em 2012, provavelmente com centenas de milhares de casos a mais', embora sua gravidade esteja longe dos níveis alarmantes de um ano atrás, quando a taxa de mortalidade chegou a 7%. Atualmente, este percentual se mantém em 1%.

Além disso, Fisher informou que um quinto desse meio milhão de habitantes dos acampamentos está sob ameaça de despejo porque os proprietários dos terrenos ocupados estão reivindicando-os. Para evitar essa situação, as autoridades tentam negociar com os donos.

Sobre o financiamento da ajuda ao Haiti, Fisher frisou que, dos US$ 4, 6 bilhões prometidos pela comunidade internacional para a reconstrução do país, 88% já foi investido ou está comprometido para projetos específicos.

Apenas a assistência humanitária foi avaliada este ano em US$ 509 milhões, dos quais US$ 229 milhões corresponderam a programas sob coordenação da ONU. Esta organização solicitará US$ 231 milhões em 2012 para continuar seu trabalho em favor do desenvolvimento do Haiti, em 180 projetos.

Para valorizar o trabalho realizado na ilha, Fisher destacou que nos acampamentos dois terços das crianças recebem educação primária, em comparação com uma média nacional de 50%. Além disso, em menos de dois anos foram construídas 100 mil casas transitórias e outras 21 mil, danificadas pelo terremoto, foram reconstruídas.

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Genebra - Os acampamentos ainda são a moradia de meio milhão de pessoas, depois do terremoto que assolou grande parte do Haiti no dia 12 de janeiro de 2010, disse nesta quarta-feira o coordenador humanitário haitiano da ONU, Nigel Fisher.

Apesar de esse número representar um terço do total que já ocupou as instalações temporárias, as pessoas que se encontram hoje nestes locais enfrentam 'uma situação que não é tão boa como a que havia há um ano', afirmou o coordenador.

Fisher explicou que as tendas já exibem uma notável deterioração e alertou sobre o risco de redução ads atividades relacionadas ao abastecimento de serviços de saneamento básico, distribuição de água potável e gestão de resíduos. O motivo é que as entidades que se ocupam dessas tarefas estão ficando sem fundos, sendo obrigadas a encerrar suas atividades no local.

Esta situação poderia ter também um impacto na epidemia de cólera registrada na ilha, onde se contabilizaram cerca de 500 mil casos e onde mais de 6,7 mil pessoas morreram desde outubro de 2010.

Segundo o humanitário, os especialistas afirmam que 'a epidemia continuará em 2012, provavelmente com centenas de milhares de casos a mais', embora sua gravidade esteja longe dos níveis alarmantes de um ano atrás, quando a taxa de mortalidade chegou a 7%. Atualmente, este percentual se mantém em 1%.

Além disso, Fisher informou que um quinto desse meio milhão de habitantes dos acampamentos está sob ameaça de despejo porque os proprietários dos terrenos ocupados estão reivindicando-os. Para evitar essa situação, as autoridades tentam negociar com os donos.

Sobre o financiamento da ajuda ao Haiti, Fisher frisou que, dos US$ 4, 6 bilhões prometidos pela comunidade internacional para a reconstrução do país, 88% já foi investido ou está comprometido para projetos específicos.

Apenas a assistência humanitária foi avaliada este ano em US$ 509 milhões, dos quais US$ 229 milhões corresponderam a programas sob coordenação da ONU. Esta organização solicitará US$ 231 milhões em 2012 para continuar seu trabalho em favor do desenvolvimento do Haiti, em 180 projetos.

Para valorizar o trabalho realizado na ilha, Fisher destacou que nos acampamentos dois terços das crianças recebem educação primária, em comparação com uma média nacional de 50%. Além disso, em menos de dois anos foram construídas 100 mil casas transitórias e outras 21 mil, danificadas pelo terremoto, foram reconstruídas.

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