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Democratas ameaçam nova paralisação se Trump insistir em construir muro

Assessor do presidente americano informou que US$ 8,6 bilhões serão inclusos em proposta orçamentária para projeto de campanha do magnata

Trump: presidente americano insiste em aprovação do Congresso para construção do muro no México, projeto de campanha (Yuri Gripas/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de março de 2019 às 06h40.

Washington - Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram neste domingo ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México na sua próxima proposta orçamentária provocaria uma nova paralisação do governo.

"O presidente Trump prejudicou milhões de americanos e gerou um caos generalizado quando de maneira imprudente paralisou o governo para tentar desenvolver seu caro e ineficaz muro. O mesmo acontecerá de novo se insistir", disseram em comunicado a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.

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A declaração conjunta dos democratas se dá por causa de diversas informações na imprensa que apontam que a Casa Branca incluirá uma verba de US$ 8,6 bilhões em sua nova proposta orçamentária ao Congresso, que deve ser apresentada nesta segunda-feira.

Esse valor seria muito superior ao de US$ 1,3 bilhão que o Congresso aprovou para a segurança fronteiriça no último orçamento e maior, também, que os US$ 5,7 bilhões pedidos inicialmente pelo governo no ano passado.

Segundo diversos veículos de imprensa locais, a nova solicitação contemplaria a redução do orçamento do Departamento de Segurança Nacional em US$ 5 bilhões, enquanto os outros US$ 3,6 bilhões restantes procederiam da verba para construção de instalações do Departamento de Defesa.

No comunicado, Nancy e Schumer afirmam que o Congresso já "rejeitou" financiar o muro fronteiriço e que Trump "foi obrigado a reconhecer sua derrota" e a reabrir o Governo Federal.

"Esperemos que tenha aprendido a lição", conclui a nota.

A falta de acordo nas negociações do atual orçamento entre o Congresso e a Casa Branca levou o presidente americano a se negar a assinar a lei orçamentária, o que provocou uma paralisação parcial do governo que durou cinco semanas, a maior da história.

Trump acabou aceitando o acordo entre os republicanos e os democratas do Congresso, mas em seguida declarou uma emergência nacional para assim arrecadar US$ 6,6 bilhões adicionais para a construção do muro.

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