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Déficit comercial dos Estados Unidos de US$ 725,76 bilhões é recorde

Rombo é 18% maior que o de 2004. Desequilíbrio nas transações com a China e alta do petróleo contribuíram para saldo negativo

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Pelo quarto ano consecutivo, os Estados Unidos viram seu déficit comercial bater um recorde. Em 2005, o rombo subiu 18% e atingiu a marca de 725,76 bilhões de dólares. O saldo negativo acumulado com a China, Europa e outros parceiros comerciais se aprofundou e deve despertar fortes reações do Congresso americano. Os parlamentares tenderão a cobrar do governo Bush medidas mais duras para conter os prejuízos nas transações internacionais.

As importações cresceram 12,9% no ano passado, atingindo a cifra inédita de 2 trilhões de dólares. O resultado ofuscou o aumento de 5,7% das exportações, que também bateram seu recorde e somaram 1,27 trilhão de dólares. De acordo com o americano The Wall Street Journal, um dos fatores que aprofundaram o déficit foi o aumento de 39,4% das importações de petróleo. Esse item respondeu por 251,6 bilhões de dólares das compras americanas no exterior.

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As relações comerciais com a China também foram bastante desfavoráveis. O déficit acumulado com os chineses chegou a 201,6 bilhões de dólares - o maior já registrado pelos Estados Unidos com qualquer país. A cifra foi 24,5% superior à de 2004 e, sozinha, representou 28% do déficit americano. Parte das perdas derivou das importações de produtos têxteis e de vestuário, que cresceram 42,6% após o fim do acordo que regulamentava mundialmente as importações do setor, em dezembro de 2004.

O desempenho com outros parceiros também não foi melhor. Com o Japão, o déficit chegou a 82,7 bilhões de dólares. Já com os 25 países-membros da União Européia, as perdas chegaram a 122,4 bilhões.

Para o jornal americano, os resultados deram muito mais munição aos opositores de Bush no Congresso. Seus críticos afirmam que o déficit comercial continuará crescendo, a menos que o governo adote medidas duras para contê-lo. Entre elas, estaria uma postura mais firme contra países que adotem práticas desleais, como dumping, ou que mantenham uma política de baixos salários, como a China.

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