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Defesa afirma que ex-advogado de Trump não aceitaria indulto presidencial

Cohen admitiu ter cometido crimes relacionados com a violação das normas de campanha eleitoral pelo pagamento de supostas amantes de Trump a pedido dele

Cohen e Trump: o advogado foi o "braço direito" de Trump durante uma década (Jonathan Ernst/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 15h55.

Washington - A defesa do ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , afirmou nesta quarta-feira que seu cliente não espera e nem aceitaria um indulto do líder para livrar-se dos crimes pelos quais se declarou culpado.

"Não só não espera, como não aceitaria um indulto. Ele acredita que um indulto de alguém que atuou tão corruptamente como presidente é algo impensável", explicou Lanny Davis, membro principal da defesa de Cohen.

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Ontem, Cohen se declarou culpado diante de uma Corte Federal de Nova York de vários crimes de fraude e de dois relacionados com a violação das normas de campanha eleitoral pelo pagamento, "a pedido do candidato", em referência a Trump, a duas supostas ex-amantes do magnata para calá-las perante os pleitos de 2016.

Deste modo, Cohen, que foi "braço direito" de Trump durante uma década, apontou Trump como conspirador para cometer um crime federal.

Segundo David, o ex-escudeiro de Trump "está mais do que feliz de ter dito ao procurador-especial (da trama russa, Robert Mueller,) tudo o que sabe, não só sobre a óbvia possibilidade de ter conspirado para se coordenar (com uma potência estrangeira) e corromper o sistema democrático americano nas eleições de 2016 "....

"Mas também sobre o crime informático cometido em computadores e que Trump sabia previamente e inclusive promoveu", prosseguiu o advogado, em referência aos supostos ataques à campanha da rival de Trump no pleito de 2016, a democrata Hillary Clinton.

Cohen foi alvo dos comentários de Trump nesta manhã, que acusou seu ex-advogado no Twitter de "inventar histórias" para reduzir sua pena.

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