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Jogador inglês pede para família não ir à Copa por conta de racismo

O lateral do Tottenham, Danny Rose, disse que não está tranquilo em relação ao racismo na Rússia e criticou o valor da multa em casos de gritos racistas

"Não quero me preocupar pela segurança da minha família enquanto eu estou me preparando para os jogos", disse o lateral (Carl Recine/Reuters)

"Não quero me preocupar pela segurança da minha família enquanto eu estou me preparando para os jogos", disse o lateral (Carl Recine/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2018 às 12h29.

Última atualização em 6 de junho de 2018 às 12h31.

O zagueiro inglês Danny Rose pediu para sua família não o acompanhar na Copa do Mundo da Rússia, por conta do "racismo e outras coisas que possam acontecer", afirmou em entrevista à imprensa britânica difundida nesta quarta-feira.

"Não estou tranquilo por mim mesmo, mas já disse para minha família que não quero que eles me acompanhem. Por causa do racismo e outras coisas que possam acontecer", declarou o jogador do Tottenham ao jornal London Evening Standard.

"Não quero me preocupar pela segurança da minha família enquanto eu estou me preparando para os jogos", acrescentou. "Se alguma coisa acontecer comigo, isto não me afetaria tanto como se minha família estivesse envolvida".

As declarações de Danny Rose se produzem em contexto complicado, por conta dos casos de racismo nos estádios do Mundial e das tensões diplomáticas entre Rússia e Reino Unido.

"Meu pai ficou realmente contrariado. Eu pude sentir em sua voz, disse que não teria uma segunda chance para me ver jogar na Copa do Mundo", indicou o lateral. "Me comoveu escutar isso, foi triste. É assim... A Rússia ganhou o direito de organizar a Copa e nós precisamos aceitar", declarou.

Rose também comentou a multa de 25.000 euros contra a Federação Russa por conta de gritos racistas no amistoso entre Rússia e França.

"Uma multa de 25.00 euros é ridícula. Eu não quero parecer arrogante, mas se eu fosse multado com esse valor não faria nenhuma diferença. Uma multa de 25.000 euros para um país é para rir", avançou Rose.

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