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Cubanos votam nas primeiras eleições municipais com oposição

Mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos, em uma população de 11,1 milhões, foram convocados a escolher 12.589 vereadores

Vista de uma rua de Havana: mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos foram convocados a escolher 12.589 vereadores (Adalberto Roque/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 09h13.

Havana - Os cubanos votaram neste domingo para eleger suas autoridades municipais, num pleito em que participaram, pela primeira vez, dois oponentes ao governo comunista da Ilha - que vê a disputa como um ato de "verdadeira democracia".

Em um feito inédito - ignorado pela imprensa local, toda sob controle do Estado - dois opositores ao governo comunista, o advogado e jornalista independente Hildebrand Chaviano, 65 anos, e o técnico em informática Yuniel López, 26, aparecem na lista de candidatos de dois municípios de Havana.

"Esta é uma mensagem que o governo está recebendo", disse neste domingo à AFP Chaviano, que diz não acreditar que sua nomeação e a de Lopez signifiquem que o governo tenha "afrouxado as porcas do poder".

"Simplesmente nós escorregamos pela fresta deixada aberta e isso os pegou de surpresa. Agora, as pessoas votaram e isso não pode ser revertido", acrescentou.

Os dois candidatos opositores tiveram suas biografias, que são mostradas publicamente nos colégios eleitorais, destacando que pertencem a pequenos grupos "contra-revolucionários".

Mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos (em uma população de 11,1 milhões) foram convocados a escolher 12.589 vereadores de uma lista de 30.000 candidatos pré-selecionados nas assembleias dos bairros.

A Comissão Nacional de Eleições pediu a defesa, com esta "ação de uma verdadeira democracia", do "direito dos cubanos a construir uma sociedade mais justa, sem interferências nem tutelas de qualquer tipo", em um comunicado lido na televisão antes da abertura das seções eleitorais às 9h (horário de Brasília).

Em Cuba o voto não é obrigatório, mas os partidários do governo chamam todos a participar, enquanto mantêm uma campanha midiática intensa chamando para as urnas.

As eleições municipais, que são realizadas a cada dois anos e meio, foram o prelúdio para as eleições para as assembleias provinciais e a Assembleia Nacional (Parlamento), que deverão ser celebradas em 2018.

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Havana - Os cubanos votaram neste domingo para eleger suas autoridades municipais, num pleito em que participaram, pela primeira vez, dois oponentes ao governo comunista da Ilha - que vê a disputa como um ato de "verdadeira democracia".

Em um feito inédito - ignorado pela imprensa local, toda sob controle do Estado - dois opositores ao governo comunista, o advogado e jornalista independente Hildebrand Chaviano, 65 anos, e o técnico em informática Yuniel López, 26, aparecem na lista de candidatos de dois municípios de Havana.

"Esta é uma mensagem que o governo está recebendo", disse neste domingo à AFP Chaviano, que diz não acreditar que sua nomeação e a de Lopez signifiquem que o governo tenha "afrouxado as porcas do poder".

"Simplesmente nós escorregamos pela fresta deixada aberta e isso os pegou de surpresa. Agora, as pessoas votaram e isso não pode ser revertido", acrescentou.

Os dois candidatos opositores tiveram suas biografias, que são mostradas publicamente nos colégios eleitorais, destacando que pertencem a pequenos grupos "contra-revolucionários".

Mais de oito milhões de cubanos maiores de 16 anos (em uma população de 11,1 milhões) foram convocados a escolher 12.589 vereadores de uma lista de 30.000 candidatos pré-selecionados nas assembleias dos bairros.

A Comissão Nacional de Eleições pediu a defesa, com esta "ação de uma verdadeira democracia", do "direito dos cubanos a construir uma sociedade mais justa, sem interferências nem tutelas de qualquer tipo", em um comunicado lido na televisão antes da abertura das seções eleitorais às 9h (horário de Brasília).

Em Cuba o voto não é obrigatório, mas os partidários do governo chamam todos a participar, enquanto mantêm uma campanha midiática intensa chamando para as urnas.

As eleições municipais, que são realizadas a cada dois anos e meio, foram o prelúdio para as eleições para as assembleias provinciais e a Assembleia Nacional (Parlamento), que deverão ser celebradas em 2018.

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