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Cruz Vermelha espera garantias de segurança na Ucrânia

Cruz Vermelha diz que segue aguardando garantias de segurança para assumir carga humanitária russa destinada à população do leste ucraniano


	Comboio russo de ajuda humanitária: primeiros caminhões permanecem na fronteira
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Comboio russo de ajuda humanitária: primeiros caminhões permanecem na fronteira (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 10h44.

Moscou - A Cruz Vermelha advertiu nesta segunda-feira que segue à espera do governo de Kiev e dos separatistas pró-russos darem as garantias de segurança para assumir o transporte, a gestão e repartição da ajuda humanitária russa para a população que vive em zonas de conflito armado no leste da Ucrânia.

"Esperamos garantias de segurança de todas as partes. Neste momento, seguimos sem ter plenas garantias" neste sentido, disse à agência russa "Interfax" a porta-voz do escritório da Cruz Vermelha para a Rússia, Bielorrússia e Moldávia, Victoria Zotikova.

O chefe da Cruz Vermelha na Europa e Ásia Central, Loran Korba, chega amanhã a Moscou com o objetivo de agilizar o envio da ajuda a seu destino final, que será seguramente a cidade de Lugansk, sitiada pelas forças ucranianas e à beira uma catástrofe humanitária.

Os primeiros 16 caminhões russos do comboio humanitário, formado por 262 veículos, permanecem na passagem fronteiriça russa "Donetsk", onde chegaram ontem após ser inspecionados pelo pessoal do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A Guarda Fronteiriça e o Serviço de Alfândegas ucranianos seguem sem iniciar a revista da carga russa à espera de que o façam, presumivelmente entre hoje e amanhã, especialistas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

"Após a revista, a carga será entregue a representantes oficiais da Cruz Vermelha para sua segurança" até seu destino, apontou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa, Andrei Lisenko.

Por sua vez, em um interminável e confuso fluxo de declarações, o chefe do Serviço de Alfândegas ucraniano, Anatoli Makarenko, escreveu em seu Facebook que o pessoal alfandegário espera a chegada de "representantes oficiais da Cruz Vermelha para iniciar (...) a inspeção e identificação" da carga russa.

Makarenko esclareceu, no entanto, que "por consenso com a Cruz Vermelha, a carga entrará na passagem fronteiriça "Donetsk" por até 30 veículos, para depois será entregue unicamente aos representantes oficiais" da organização internacional.

Em qualquer caso, não há data para a entrada na Ucrânia do comboio russo, formado por 262 caminhões com 1,9 mil toneladas de alimentos, remédios, sacos de dormir e geradores elétricos a bordo.

Os caminhões, em cada um dos quais deverá ir pelo menos um membro da Cruz Vermelha, por exigência expressa de Kiev, cruzarão a passagem fronteiriça ucraniana "Izvarino", em mãos dos separatistas pró-Rússia da mesma forma que boa parte de toda a rota que separa a fronteira do destino final da carga.

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