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Crítica de Fidel mostra que Obama teve êxito, dizem EUA

Críticas de Fidel à viagem a Cuba de Obama demonstram que a visita ajudou a "aumentar a pressão" para que a ilha melhore seu respeito aos direitos humanos

O ex-presidente cubano Fidel Castro: Cuba não precisa que "o império" lhe presenteie nada, disse Fidel (Roberto Chile/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2016 às 18h05.

Washington - As críticas do ex-líder cubano Fidel Castro à viagem a Cuba do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , demonstram que a visita teve seu "efeito previsto" no sentido de "aumentar a pressão" para que o governo da ilha melhore seu respeito aos direitos humanos, disse nesta segunda-feira a Casa Branca.

"O fato de que o ex-presidente tenha se sentido obrigado a responder de forma tão contundente é uma indicação do significativo impacto da visita do presidente Obama a Cuba", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em sua entrevista coletiva diária.

Earnest reagiu assim ao artigo de Fidel Castro publicado hoje nos veículos de comunicação oficiais da ilha intitulado "Irmão Obama", e no qual assegura que Cuba não precisa que "o império" lhe presenteie nada.

O ex-líder cubano, de 89 anos e retirado do poder em 2006, analisa em sua "reflexão" o discurso do presidente Obama, feito na terça-feira passada ao povo cubano durante sua visita à ilha, a primeira de um líder americano em mais de oito décadas.

Sobre as declarações de Obama em Cuba a favor de "esquecer o passado e olhar para o futuro", Fidel afirma que os cubanos correram "o risco de um infarto" após escutar o presidente dos EUA falar de ambos países como "amigos, família e vizinhos", e mencionou o "bloqueio impiedoso que durou 60 anos" e a invasão da Baía dos Porcos em 1961.

"Nos agradou muito a recepção que (Obama) recebeu do povo cubano, e a conversa que pôde ter com funcionários cubanos", ressaltou hoje o porta-voz da Casa Branca.

Obama pôde "deixar claro" em particular e em público que "o compromisso americano com os direitos humanos é sólido como uma rocha, e que isso vai mudar", de uma forma como "não teria sido possível se não tivesse feito a viagem", acrescentou.

Earnest também destacou que dois jornalistas americanos puderam fazer perguntas ao presidente cubano, Raúl Castro, sobre os direitos humanos na ilha durante uma entrevista coletiva em Havana.

"Estas são coisas que nunca aconteceram antes, e acredito que isso gera mais pressão sobre o governo cubano. A resposta do ex-presidente (Fidel Castro) é uma indicação que a viagem teve seu efeito previsto", declarou o porta-voz.

Perguntado se a Casa Branca deve convidar Raúl Castro a visitar Washington nos próximos meses, Earnest respondeu que não está previsto por enquanto, porque os EUA consideram que a visita de Obama a Cuba já permitiu fazer avanços em várias áreas.

Em suas reuniões em Havana, Obama deixou claro ainda que para ele é "uma prioridade" que se avance nas negociações sobre justiça e extradição de fugitivos de ambos países, um tema que representa um "verdadeiro fator de tensão" na relação, segundo Earnest.

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Washington - As críticas do ex-líder cubano Fidel Castro à viagem a Cuba do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , demonstram que a visita teve seu "efeito previsto" no sentido de "aumentar a pressão" para que o governo da ilha melhore seu respeito aos direitos humanos, disse nesta segunda-feira a Casa Branca.

"O fato de que o ex-presidente tenha se sentido obrigado a responder de forma tão contundente é uma indicação do significativo impacto da visita do presidente Obama a Cuba", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em sua entrevista coletiva diária.

Earnest reagiu assim ao artigo de Fidel Castro publicado hoje nos veículos de comunicação oficiais da ilha intitulado "Irmão Obama", e no qual assegura que Cuba não precisa que "o império" lhe presenteie nada.

O ex-líder cubano, de 89 anos e retirado do poder em 2006, analisa em sua "reflexão" o discurso do presidente Obama, feito na terça-feira passada ao povo cubano durante sua visita à ilha, a primeira de um líder americano em mais de oito décadas.

Sobre as declarações de Obama em Cuba a favor de "esquecer o passado e olhar para o futuro", Fidel afirma que os cubanos correram "o risco de um infarto" após escutar o presidente dos EUA falar de ambos países como "amigos, família e vizinhos", e mencionou o "bloqueio impiedoso que durou 60 anos" e a invasão da Baía dos Porcos em 1961.

"Nos agradou muito a recepção que (Obama) recebeu do povo cubano, e a conversa que pôde ter com funcionários cubanos", ressaltou hoje o porta-voz da Casa Branca.

Obama pôde "deixar claro" em particular e em público que "o compromisso americano com os direitos humanos é sólido como uma rocha, e que isso vai mudar", de uma forma como "não teria sido possível se não tivesse feito a viagem", acrescentou.

Earnest também destacou que dois jornalistas americanos puderam fazer perguntas ao presidente cubano, Raúl Castro, sobre os direitos humanos na ilha durante uma entrevista coletiva em Havana.

"Estas são coisas que nunca aconteceram antes, e acredito que isso gera mais pressão sobre o governo cubano. A resposta do ex-presidente (Fidel Castro) é uma indicação que a viagem teve seu efeito previsto", declarou o porta-voz.

Perguntado se a Casa Branca deve convidar Raúl Castro a visitar Washington nos próximos meses, Earnest respondeu que não está previsto por enquanto, porque os EUA consideram que a visita de Obama a Cuba já permitiu fazer avanços em várias áreas.

Em suas reuniões em Havana, Obama deixou claro ainda que para ele é "uma prioridade" que se avance nas negociações sobre justiça e extradição de fugitivos de ambos países, um tema que representa um "verdadeiro fator de tensão" na relação, segundo Earnest.

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