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Cristina Kirchner tentou encobrir atentado, diz promotor

Promotor acusou a presidente argentina de tentar encobrir investigações sobre o Irã, relacionadas ao atentado de 1994 em Buenos Aires

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: Cristina pressionou para retirar as acusações e normalizar relações, disse promotor (Enrique Marcarian/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 17h59.

Buenos Aires - Um promotor argentino acusou nesta quarta-feira a presidente do país, Cristina Kirchner , de tentar organizar um encobrimento na investigação sobre o Irã relacionada ao atentado a bomba de 1994 contra a Amia, centro comunitário judaico, em Buenos Aires .

O promotor do Estado Alberto Nisman, investigando a explosão que matou 85 pessoas, disse que a presidente pressionou para retirar as acusações e normalizar as relações como uma maneira de conseguir o petróleo iraniano necessário para reduzir o déficit em energia de 7 bilhões de dólares por ano da Argentina.

O petróleo seria trocado por grãos de acordo com o plano do governo, disse Nisman.

Nisman afirmou que fez um pedido para que um juiz interrogasse Cristina e Héctor Timerman, ministro do Exterior, “por serem autores e cúmplices de um encobrimento agravado e uma obstrução da Justiça no caso dos iranianos acusados do ataque terrorista à Amia”.

Cortes argentinas acusam o Irã de patrocinar o ataque. O Irã, em negociações com os Estados Unidos para terminar com o impasse sobre o seu programa nuclear, nega ter relações com o atentado.

Aníbal Fernández, chefe de gabinete da presidente, declarou que as acusações do promotor são “ridículas”. No entanto, elas podem causar problemas para a presidente, que está nos seus últimos meses de mandato. A Argentina tem eleições em outubro, e Cristina não pode concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

"Essa é uma acusação muito séria, provavelmente a mais séria feita contra Cristina Fernández (de Kirchner) durante o seu governo”, afirmou Ignacio Labaqui, analista para a Argentina da consultoria de mercados Medley Global Advisors.

"O promotor a está acusando de ser responsável por uma manobra para encobrir o pior ataque terrorista da história da Argentina”, acrescentou.

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Buenos Aires - Um promotor argentino acusou nesta quarta-feira a presidente do país, Cristina Kirchner , de tentar organizar um encobrimento na investigação sobre o Irã relacionada ao atentado a bomba de 1994 contra a Amia, centro comunitário judaico, em Buenos Aires .

O promotor do Estado Alberto Nisman, investigando a explosão que matou 85 pessoas, disse que a presidente pressionou para retirar as acusações e normalizar as relações como uma maneira de conseguir o petróleo iraniano necessário para reduzir o déficit em energia de 7 bilhões de dólares por ano da Argentina.

O petróleo seria trocado por grãos de acordo com o plano do governo, disse Nisman.

Nisman afirmou que fez um pedido para que um juiz interrogasse Cristina e Héctor Timerman, ministro do Exterior, “por serem autores e cúmplices de um encobrimento agravado e uma obstrução da Justiça no caso dos iranianos acusados do ataque terrorista à Amia”.

Cortes argentinas acusam o Irã de patrocinar o ataque. O Irã, em negociações com os Estados Unidos para terminar com o impasse sobre o seu programa nuclear, nega ter relações com o atentado.

Aníbal Fernández, chefe de gabinete da presidente, declarou que as acusações do promotor são “ridículas”. No entanto, elas podem causar problemas para a presidente, que está nos seus últimos meses de mandato. A Argentina tem eleições em outubro, e Cristina não pode concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

"Essa é uma acusação muito séria, provavelmente a mais séria feita contra Cristina Fernández (de Kirchner) durante o seu governo”, afirmou Ignacio Labaqui, analista para a Argentina da consultoria de mercados Medley Global Advisors.

"O promotor a está acusando de ser responsável por uma manobra para encobrir o pior ataque terrorista da história da Argentina”, acrescentou.

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