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Crise econômica protagoniza eleições gerais na Espanha

Problemas econômicos e desemprego são os principais assuntos do país na escolha do novo governo; oposição conservadora é favorita

Fila de desempregados na Espanha: 21% da população ativa não tem trabalho (Dominique Faget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 16h19.

Madri - A profunda crise que deixou a Espanha com quase cinco milhões de desempregados, uma economia estagnada e os mercados internacionais atentos à sua dívida, será determinante no resultado das eleições gerais que o país realizará em 20 de novembro.

A economia ocupa o centro da campanha eleitoral espanhola, que tem como principais candidatos o ex-vice-presidente e ex-ministro do Interior Alfredo Pérez Rubalcaba, do governista Partido Socialista (PSOE), e Mariano Rajoy, líder do conservador Partido Popular (PP), principal legenda da oposição na Espanha.

Todas as pesquisas apontam o PP como vencedor das eleições, muito à frente do PSOE, ao qual atribuem os piores resultados de sua história e cujo secretário-geral e atual chefe de governo, José Luis Rodríguez Zapatero, reconheceu sua responsabilidade pelos quase cinco milhões de desempregados existentes na Espanha atualmente.

Precisamente, um dos argumentos reiterados por Rajoy contra Rubalcaba é que ele fez parte de um governo que chega ao fim com 'três milhões a mais de desempregados' do que quando o PP deixou o Executivo espanhol, em 2004.

Com uma taxa de desemprego de 21,54% da população economicamente ativa (a maior da Europa) e uma fortalecida pressão nos mercados financeiros de dívida devido à crise grega e italiana, a economia espanhola aparece também com grandes dificuldades de crescimento.

O último relatório do Banco da Espanha apontou que a economia se estagnou no terceiro trimestre do ano com crescimento zero, dois décimos a menos do que o registrado nos três meses precedentes, principalmente por conta dos cortes dos gastos públicos e porque o setor da construção, que durante anos impulsionou a atividade do país, segue sem se reativar.

Para buscar a saída da crise e tranquilizar os sócios europeus, os dois principais candidatos à Presidência do Governo oferecem propostas distintas, sendo que Rajoy é partidário de uma rigorosa austeridade e Rubalcaba defende os estímulos econômicos e o adiamento do ajuste orçamentário para incentivar a atividade empresarial.

Rajoy é favorável ao corte do setor público para ajudar empresas e famílias e a limitação do endividamento para todas as administrações, além da exigência de responsabilidades aos gerentes públicos que gastem sem respaldo orçamentário.

Caso vença as eleições, o PP pretende conceder incentivos fiscais para o reinvestimento dos lucros empresariais, estimular as pequenas e médias empresas que contratem trabalhadores e ajudar as companhias a cobrar as dívidas pendentes com as administrações públicas.


O Partido Popular propõe também uma reforma trabalhista que reduza os tipos de contrato, embora sem apostar na modalidade única, e ajustar as condições de trabalho à situação das empresas.

Já Rubalcaba promete dar um desconto na previdência social às pequenas e médias empresas que criem empregos e promovam o ensino profissionalizante.

Segundo o candidato socialista, esta despesa seria compensada com um aumento dos impostos às grandes fortunas e uma taxa sobre os lucros das instituições financeiras.

Com o fim de ter tempo para tirar a Espanha da lista de negra de países com mais problemas na zona do euro, Rubalcaba propõe pedir às instituições europeias que adiem até 2015 o cumprimento dos planos de consolidação orçamentária que obrigam o país a diminuir o déficit público a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.

Da mesma forma, se ganhasse, reivindicaria ao Banco Europeu de Investimentos uma espécie de 'Plano Marshall' de 70 bilhões de euros para ajudar prioritariamente às pequenas e médias empresas e, como contribuição à poupança pública, reorganizaria as Forças Armadas.

Qualquer que seja o resultado das eleições, os sindicatos majoritários - Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já indicaram que não facilitarão o caminho do novo governo, ao qual demandam que foque-se em criar empregos e não em aplicar novos cortes, dada a distância do final da crise.

Por ocasião da disputa eleitoral, CCOO e UGT apresentaram um 'Pacto pelo emprego e a coesão social', no qual defendem um acordo de moderação salarial e dos lucros empresariais, uma reforma tributária, o retorno do crédito para famílias e empresas, a potencialização do emprego juvenil e a defesa dos serviços públicos.

O ponto em que os sindicatos coincidem com os candidatos do PSOE e do PP é a necessidade de um 'compromisso de todos' para antecipar a recuperação econômica e estabilizar a economia espanhola.

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A economia ocupa o centro da campanha eleitoral espanhola, que tem como principais candidatos o ex-vice-presidente e ex-ministro do Interior Alfredo Pérez Rubalcaba, do governista Partido Socialista (PSOE), e Mariano Rajoy, líder do conservador Partido Popular (PP), principal legenda da oposição na Espanha.

Todas as pesquisas apontam o PP como vencedor das eleições, muito à frente do PSOE, ao qual atribuem os piores resultados de sua história e cujo secretário-geral e atual chefe de governo, José Luis Rodríguez Zapatero, reconheceu sua responsabilidade pelos quase cinco milhões de desempregados existentes na Espanha atualmente.

Precisamente, um dos argumentos reiterados por Rajoy contra Rubalcaba é que ele fez parte de um governo que chega ao fim com 'três milhões a mais de desempregados' do que quando o PP deixou o Executivo espanhol, em 2004.

Com uma taxa de desemprego de 21,54% da população economicamente ativa (a maior da Europa) e uma fortalecida pressão nos mercados financeiros de dívida devido à crise grega e italiana, a economia espanhola aparece também com grandes dificuldades de crescimento.

O último relatório do Banco da Espanha apontou que a economia se estagnou no terceiro trimestre do ano com crescimento zero, dois décimos a menos do que o registrado nos três meses precedentes, principalmente por conta dos cortes dos gastos públicos e porque o setor da construção, que durante anos impulsionou a atividade do país, segue sem se reativar.

Para buscar a saída da crise e tranquilizar os sócios europeus, os dois principais candidatos à Presidência do Governo oferecem propostas distintas, sendo que Rajoy é partidário de uma rigorosa austeridade e Rubalcaba defende os estímulos econômicos e o adiamento do ajuste orçamentário para incentivar a atividade empresarial.

Rajoy é favorável ao corte do setor público para ajudar empresas e famílias e a limitação do endividamento para todas as administrações, além da exigência de responsabilidades aos gerentes públicos que gastem sem respaldo orçamentário.

Caso vença as eleições, o PP pretende conceder incentivos fiscais para o reinvestimento dos lucros empresariais, estimular as pequenas e médias empresas que contratem trabalhadores e ajudar as companhias a cobrar as dívidas pendentes com as administrações públicas.


O Partido Popular propõe também uma reforma trabalhista que reduza os tipos de contrato, embora sem apostar na modalidade única, e ajustar as condições de trabalho à situação das empresas.

Já Rubalcaba promete dar um desconto na previdência social às pequenas e médias empresas que criem empregos e promovam o ensino profissionalizante.

Segundo o candidato socialista, esta despesa seria compensada com um aumento dos impostos às grandes fortunas e uma taxa sobre os lucros das instituições financeiras.

Com o fim de ter tempo para tirar a Espanha da lista de negra de países com mais problemas na zona do euro, Rubalcaba propõe pedir às instituições europeias que adiem até 2015 o cumprimento dos planos de consolidação orçamentária que obrigam o país a diminuir o déficit público a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013.

Da mesma forma, se ganhasse, reivindicaria ao Banco Europeu de Investimentos uma espécie de 'Plano Marshall' de 70 bilhões de euros para ajudar prioritariamente às pequenas e médias empresas e, como contribuição à poupança pública, reorganizaria as Forças Armadas.

Qualquer que seja o resultado das eleições, os sindicatos majoritários - Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já indicaram que não facilitarão o caminho do novo governo, ao qual demandam que foque-se em criar empregos e não em aplicar novos cortes, dada a distância do final da crise.

Por ocasião da disputa eleitoral, CCOO e UGT apresentaram um 'Pacto pelo emprego e a coesão social', no qual defendem um acordo de moderação salarial e dos lucros empresariais, uma reforma tributária, o retorno do crédito para famílias e empresas, a potencialização do emprego juvenil e a defesa dos serviços públicos.

O ponto em que os sindicatos coincidem com os candidatos do PSOE e do PP é a necessidade de um 'compromisso de todos' para antecipar a recuperação econômica e estabilizar a economia espanhola.

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