Crise do Golfo é assunto interno de países da região, diz Rússia
O Ministro russo das Relações Exteriores acrescentou que a Rússia está interessada em "manter boas relações com todos"
EFE
Publicado em 5 de junho de 2017 às 09h26.
Moscou - A Rússia considera que a decisão de romper as relações diplomáticas com o Catar , adotada por vários países do Oriente Médio, é um "assunto interno", e acredita que isso não afetará a luta contra o terrorismo.
"A decisão dos países árabes de romper laços diplomáticos com o Catar corresponde a eles, são relações bilaterais", disse o ministro de Assuntos Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Lavrov acrescentou que a Rússia está interessada em "manter boas relações com todos" e nunca se envolve nas "dificuldades de outros países".
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que "a Rússia não intervém em assuntos internos de outros países" e falou que acredita que a situação não afeta a luta antiterrorista.
Com relação às acusações sobre o apoio a organizações terroristas feitas contra o Catar, Peskov optou por não comentá-las.
"Gostaria de não comentar este assunto", insistiu aos jornalistas.
O funcionário também deixou sem resposta a pergunta sobre o possível apoio de Moscou a Doha por causa da situação. "Não responderei a esta pergunta".
Vários países árabes, entre eles Arábia Saudita e Egito, romperam as suas relações diplomáticas com o Catar após culpar o país de respaldar o terrorismo e de não cumprir com os acordos entre os membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que é composto por Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Omã, Bahrein e Arábia Saudita.
O Ministério de Assuntos Exteriores catarianos rejeitou as acusações ao afirmar em uma nota que "esta medida não são justificadas e se fundamentam em calúnias, que não se sustentam sobre nenhuma evidência".