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Cresce movimento de apoio à revista chinesa alvo de censura

O movimento a favor da publicação foi reforçado por figuras de renome como a atriz Yao Chen

Protesto a favor de revista chinesa alvo de censura: a mobilização em prol da revista ganhou força e saiu das redações dos meios de comunicação chineses e se expandiu pela internet. (©afp.com / AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 13h30.

Pequim - Personalidades e blogueiros defensores da liberdade de expressão manifestaram nesta terça-feira seu apoio à revista chinesa Nanfang Zhoumo, recentemente alvo de censura no país.

O movimento a favor da publicação foi reforçado por figuras de renome como a atriz Yao Chen. A intervenção em temas políticos de personalidades é rara e, até mesmo, inexistente, garantindo mais força ao apoio.

A atriz Yao Chen, que tem 32 milhões de seguidores na sua conta de microblog na rede social Weibo, o correspondente chinês do Twitter, postou uma foto da logo da revista semanal e uma frase do dissidente russo Alexander Soljenitsin que diz: "Uma palavra de verdade pesa mais que o mundo inteiro".

Já o artista Chen Kun, que tem 27 milhões de seguidores na rede social chinesa, afirmou que não tem medo de apoiar os amigos da Nanfang Zhoumo.

Em um breve artigo relativo ao ano novo, a revista chinesa defendeu que as autoridades avançassem nas reformas políticas e adotassem uma Constituição que garantisse os direitos dos cidadãos.


No entanto, um funcionário do serviço de propaganda da província meridional de Guangdong, onde fica a sede da revista, substituiu o artigo por outro mais suave, segundo denunciaram jornalistas do veículo que divulgaram uma declaração condenando a intervenção das autoridades.

A mobilização em prol da revista ganhou força e saiu das redações dos meios de comunicação chineses e se expandiu pela internet.

Milhões de internautas se manifestaram a favor da publicação e reivindicaram o fim da censura contra críticas ao governo ou à alusão dos direitos humanos.

Centenas de pessoas saíram às ruas, nestas segunda e terça, para protestar a favor de Nanfang Zhoumo na província de Cantão, no sul da China.

Faixas e cartazes eram exibidos em frente à sede da revista com os dizeres: "Queremos a liberdade de imprensa e o respeito à Constituição e à democracia".

"O governo está pisando em ovos e deve evitar envenenar a situação com pesadas punições prendendo pessoas ou demitindo jornalistas", analisou o professor de jornalismo na Universidade de Fudan de Xangai, Doug Young, em entrevista à AFP, manifestando o seu temor de que a situação fique fora de controle.

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A atriz Yao Chen, que tem 32 milhões de seguidores na sua conta de microblog na rede social Weibo, o correspondente chinês do Twitter, postou uma foto da logo da revista semanal e uma frase do dissidente russo Alexander Soljenitsin que diz: "Uma palavra de verdade pesa mais que o mundo inteiro".

Já o artista Chen Kun, que tem 27 milhões de seguidores na rede social chinesa, afirmou que não tem medo de apoiar os amigos da Nanfang Zhoumo.

Em um breve artigo relativo ao ano novo, a revista chinesa defendeu que as autoridades avançassem nas reformas políticas e adotassem uma Constituição que garantisse os direitos dos cidadãos.


No entanto, um funcionário do serviço de propaganda da província meridional de Guangdong, onde fica a sede da revista, substituiu o artigo por outro mais suave, segundo denunciaram jornalistas do veículo que divulgaram uma declaração condenando a intervenção das autoridades.

A mobilização em prol da revista ganhou força e saiu das redações dos meios de comunicação chineses e se expandiu pela internet.

Milhões de internautas se manifestaram a favor da publicação e reivindicaram o fim da censura contra críticas ao governo ou à alusão dos direitos humanos.

Centenas de pessoas saíram às ruas, nestas segunda e terça, para protestar a favor de Nanfang Zhoumo na província de Cantão, no sul da China.

Faixas e cartazes eram exibidos em frente à sede da revista com os dizeres: "Queremos a liberdade de imprensa e o respeito à Constituição e à democracia".

"O governo está pisando em ovos e deve evitar envenenar a situação com pesadas punições prendendo pessoas ou demitindo jornalistas", analisou o professor de jornalismo na Universidade de Fudan de Xangai, Doug Young, em entrevista à AFP, manifestando o seu temor de que a situação fique fora de controle.

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