Cresce a venda de comida ultraprocessada na América Latina
"Alimentos ultraprocessados e 'fast foods' representam uma parte cada vez maior do que as pessoas comem e bebem na América Latina", disse assessor da Opas
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2015 às 17h25.
As vendas de alimentos ultraprocessados, como comida rápida e bebidas açucaradas aumentaram na América Latina , impulsionando um crescimento das taxas de obesidade na região, informou nesta terça-feira a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).
"Alimentos ultraprocessados e 'fast foods' representam uma parte cada vez maior do que as pessoas comem e bebem na América Latina, com resultados muito negativos", disse o assessor da Opas sobre Nutrição, Enrique Jacoby, citado em um comunicado.
Um estudo da Opas examinou dados sobre bebidas gaseificadas, doces, cereais, sorvetes, bebidas energéticas, molhos, massas e comidas congeladas, e determinou que suas vendas per cápita entre 2000 e 2013 subiram 26,7% em 13 países latino-americanos.
Em contraste, o consumo per cápita dos produtos ultraprocessados caiu 9,8% nos Estados Unidos e no Canadá.
O maior crescimento foi registrado no Uruguai, com 146%, seguido de Bolívia (130%) e Peru (107%).
A venda de fast food - que o estudo analisa separadamente - aumentou 38,9% durante o período, com os brasileiros e peruanos situando-se entre os maiores consumidores desses alimentos altamente calóricos.
A Opas, com sede em Washington, também analisou dados estatísticos em Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, República Dominicana e Venezuela.
Para o nutricionista e coautor do estudo, Jean-Claude Moubarac, "a América Latina e outras regiões em desenvolvimento se transformaram em atraentes mercados para os fabricantes de alimentos industrializados, especialmente quando os mercados de alta renda ficam saturados ou começam a reduzir o consumo desses produtos".
Os especialistas advertem sobre as consequências negativas na saúde: esses alimentos estão suplantando as dietas tradicionais mais nutritivas e o aumento em seu consumo está estreitamente relacionados com a prevalência da obesidade em adultos em 12 dos países estudados.
Os alimentos ultraprocessados são "duplamente prejudiciais", disse Jacoby.
"São quase viciantes e levam a um aumento do peso e da obesidade, enquanto substituem os alimentos frescos, que são a base de uma dieta natural rica em nutrientes", acrescentou o analista.
A Opas recomenda aos governos e às organizações civis que apoiem e implementem políticas para promover os alimentos saudáveis, incluindo normas de preços e incentivos agrícolas para proteger os cultivos tradicionais, e campanhas para promover sua inclusão nas escolas e a preparação caseira de comidas.
As vendas de alimentos ultraprocessados, como comida rápida e bebidas açucaradas aumentaram na América Latina , impulsionando um crescimento das taxas de obesidade na região, informou nesta terça-feira a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).
"Alimentos ultraprocessados e 'fast foods' representam uma parte cada vez maior do que as pessoas comem e bebem na América Latina, com resultados muito negativos", disse o assessor da Opas sobre Nutrição, Enrique Jacoby, citado em um comunicado.
Um estudo da Opas examinou dados sobre bebidas gaseificadas, doces, cereais, sorvetes, bebidas energéticas, molhos, massas e comidas congeladas, e determinou que suas vendas per cápita entre 2000 e 2013 subiram 26,7% em 13 países latino-americanos.
Em contraste, o consumo per cápita dos produtos ultraprocessados caiu 9,8% nos Estados Unidos e no Canadá.
O maior crescimento foi registrado no Uruguai, com 146%, seguido de Bolívia (130%) e Peru (107%).
A venda de fast food - que o estudo analisa separadamente - aumentou 38,9% durante o período, com os brasileiros e peruanos situando-se entre os maiores consumidores desses alimentos altamente calóricos.
A Opas, com sede em Washington, também analisou dados estatísticos em Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México, República Dominicana e Venezuela.
Para o nutricionista e coautor do estudo, Jean-Claude Moubarac, "a América Latina e outras regiões em desenvolvimento se transformaram em atraentes mercados para os fabricantes de alimentos industrializados, especialmente quando os mercados de alta renda ficam saturados ou começam a reduzir o consumo desses produtos".
Os especialistas advertem sobre as consequências negativas na saúde: esses alimentos estão suplantando as dietas tradicionais mais nutritivas e o aumento em seu consumo está estreitamente relacionados com a prevalência da obesidade em adultos em 12 dos países estudados.
Os alimentos ultraprocessados são "duplamente prejudiciais", disse Jacoby.
"São quase viciantes e levam a um aumento do peso e da obesidade, enquanto substituem os alimentos frescos, que são a base de uma dieta natural rica em nutrientes", acrescentou o analista.
A Opas recomenda aos governos e às organizações civis que apoiem e implementem políticas para promover os alimentos saudáveis, incluindo normas de preços e incentivos agrícolas para proteger os cultivos tradicionais, e campanhas para promover sua inclusão nas escolas e a preparação caseira de comidas.