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Corte Internacional de Justiça rejeita pedido da África do Sul para impedir ofensiva israelense

País africano já havia apresentado um recurso ante o alto tribunal da ONU, ao acusar Israel de cometer um 'genocídio' em Gaza

Corte de Haia: A África do Sul anunciou na terça-feira que havia apresentado um novo recurso ante a CIJ para que o tribunal examinasse urgentemente o plano israelense (Michel Porro/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 10h02.

A máxima instância judicial da ONU rejeitou, nesta sexta-feira, um novo pedido da África do Sul que buscava pressionar legalmente Israel a não lançar uma ofensiva terrestre em Rafah , no sul de Gaza. A "perigosa situação exige a aplicação imediata e efetiva das medidas temporárias indicadas pela Corte [...] e não exige [...] medidas temporárias adicionais", afirmou a Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, em um comunicado.

A África do Sul anunciou na terça-feira que havia apresentado um novo recurso ante a CIJ para que o tribunal examinasse urgentemente o plano israelense de lançar uma ofensiva terrestre contra Rafah e, em seu caso, se opondo a "uma nova violação de direitos".

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou recentemente ao seu Exército que prepare uma ofensiva contra essa localidade do sul de Gaza, fronteiriça com o Egito e onde estão amontoados 1,4 milhão de deslocados.

O país africano já havia apresentado um recurso ante o alto tribunal da ONU, ao acusar Israel de cometer um "genocídio" em Gaza. Os juízes, que por enquanto não se pronunciaram sobre a existência de um genocídio, exigiram, no entanto, que Israel "tome todas as medidas" para "impedir" atos contemplados pela Convenção para a Prevenção de Genocídios.

A ofensiva militar israelense em Gaza, lançada em resposta a um ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro, deixou até agora 28.775 mortos, em sua maioria mulheres e menores, segundo o movimento islamista palestino. O ataque do Hamas em Israel deixou 1.160 mortos, em sua maioria civis, segundo uma contagem feita pela AFP com base em dados oficiais israelenses.

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