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Coreia do Norte suspende conversas com Coreia do Sul

Exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul foram considerados "provocação"

Bandeiras das Coreias do Sul e do Norte (Issei Kato/Reuters)

Bandeiras das Coreias do Sul e do Norte (Issei Kato/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2018 às 18h53.

Última atualização em 16 de maio de 2018 às 08h40.

O governo da Coreia do Norte afirmou, nesta terça-feira, que vai suspender a conversa com a Coreia do Sul devido a exercícios militares conjuntos de sul-coreanos e norte-americanos.

Uma reunião entre os países estava marcada para esta quarta-feira, e trataria sobre os planos de implementação de uma declaração que emergiu da cúpula de 27 de abril, incluindo promessas de encerrar formalmente a Guerra da Coreia e buscar a “desnuclearização completa”.

A agência oficial de notícias, da Coreia do Norte, chamou de “provocação” os exercícios militares conjuntos de Estados Unidos e Coreia do Sul e disse que Pyongyang não tem escolha a não ser suspender as negociações.

Hoje mais cedo, o governo norte-coreano afirmou que iria juntar todos seus esforços para acabar com os testes nucleares no país. Em discurso na Conferência do Desarmamento da ONU, o embaixador norte-coreano Han Tae Song afirmou que a descontinuação dos testes nucleares são um importante processo para o completo desarmamento do país.

O encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump, marcado para acontecer em Singapura no mês de junho também foi colocado em dúvida. “Os EUA também terão de ter deliberações cuidadosas sobre o destino da cúpula prevista entre Coreia do Norte e EUA à luz desse provocativo tumulto militar conduzido em conjunto com as autoridades sul-coreanas”, afirmou a agência de notícias do governo

Segundo a agência Reuters, o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirma não ter recebido nenhuma informação sobre as ameaças norte-coreanas de cancelar a reunião entre Trump e Kim Jong-un e ainda mantém o planejamento para a cúpula.

Nos exercícios militares, que começaram na sexta-feira passada e durarão duas semanas, participa uma centena de aviões, entre eles oito do tipo F-22, indetectáveis em radares, assim como caças-bombardeiros F-15 e bombardeiros estratégicos B-52.

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