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Coreia do Norte pede a EUA para trocar sanções por diálogo

É a primeira vez neste ano que a Coreia do Norte sinaliza a possibilidade de um diálogo com os EUA

Kim Jong Un, líder da Coreia do Norte: após meses de testes e ameaças, possibilidade de diálogo aberta com Estados Unidos e aliados. (KCNA / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 06h30.

Seul - A Coreia do Norte pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos e seus aliados abandonem a política de impor sanções ao país devido aos testes nucleares e de mísseis, substituindo-as pelo diálogo para pôr fim à tensão na região.

"A disponibilidade para a negociação é melhor solução do que a imprudente pressão militar. As concessões incondicionais e a cooperação são um caminho mais útil do que tentar derrubar o regime", disse um porta-voz da Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte à agência estatal "KCNA".

É a primeira vez neste ano que a Coreia do Norte sinaliza a possibilidade de um diálogo com os EUA, já que, até então, o país só tinha reiterado ameaças e afirmado a vontade de prosseguir com o desenvolvimento de seu programa nuclear e de mísseis.

O porta-voz disse que as "sanções ilegais" promovidas pelos EUA após os recentes testes norte-coreanos são parte de uma estratégia "anacrônica e suicida" que só conseguirá "fortalecer a vontade do Exército e do povo para acabar com seus inimigos".

Ele também afirmou que Washington está exercendo uma forte pressão militar sobre Pyongyang, criando uma grave situação de crise que pode resultar em qualquer momento em um "ataque nuclear como represália em território continental dos EUA", uma ameaça já feita em várias ocasiões recentes pelo país.

A Coreia do Norte realizou em janeiro o quarto teste atômico de sua história. Depois, em fevereiro, fez o lançamento de um foguete especial, uma ação considerada pela comunidade internacional como um teste encoberto de mísseis de longo alcance. Por isso, o país sofreu sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

A nova resolução das Nações Unidas estabelece a inspeção obrigatória de cargas que chegam à Coreia do Norte, restrições na exportação de matérias-primas, embargo do comércio de armas leves, proibição de venda ao país de combustível aeroespacial, além de sanções financeiras contra indivíduos, entidades e ativos.

EUA, Coreia do Sul e Japão impuseram suas próprias sanções unilaterais para complementar as estabelecidas pela ONU, o que poderia prejudicar ainda mais a economia e o comércio do isolado regime de Kim Jong-un.

Além disso, Seul e Washington estão realizando no território sul-coreano a maior manobra militar conjunta da história dos dois países, com mais de 330 mil soldados, ações que receberam duras críticas de Pyongyang, que considera o exercício como um "ensaio para a invasão" do país.

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Seul - A Coreia do Norte pediu nesta segunda-feira que os Estados Unidos e seus aliados abandonem a política de impor sanções ao país devido aos testes nucleares e de mísseis, substituindo-as pelo diálogo para pôr fim à tensão na região.

"A disponibilidade para a negociação é melhor solução do que a imprudente pressão militar. As concessões incondicionais e a cooperação são um caminho mais útil do que tentar derrubar o regime", disse um porta-voz da Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte à agência estatal "KCNA".

É a primeira vez neste ano que a Coreia do Norte sinaliza a possibilidade de um diálogo com os EUA, já que, até então, o país só tinha reiterado ameaças e afirmado a vontade de prosseguir com o desenvolvimento de seu programa nuclear e de mísseis.

O porta-voz disse que as "sanções ilegais" promovidas pelos EUA após os recentes testes norte-coreanos são parte de uma estratégia "anacrônica e suicida" que só conseguirá "fortalecer a vontade do Exército e do povo para acabar com seus inimigos".

Ele também afirmou que Washington está exercendo uma forte pressão militar sobre Pyongyang, criando uma grave situação de crise que pode resultar em qualquer momento em um "ataque nuclear como represália em território continental dos EUA", uma ameaça já feita em várias ocasiões recentes pelo país.

A Coreia do Norte realizou em janeiro o quarto teste atômico de sua história. Depois, em fevereiro, fez o lançamento de um foguete especial, uma ação considerada pela comunidade internacional como um teste encoberto de mísseis de longo alcance. Por isso, o país sofreu sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

A nova resolução das Nações Unidas estabelece a inspeção obrigatória de cargas que chegam à Coreia do Norte, restrições na exportação de matérias-primas, embargo do comércio de armas leves, proibição de venda ao país de combustível aeroespacial, além de sanções financeiras contra indivíduos, entidades e ativos.

EUA, Coreia do Sul e Japão impuseram suas próprias sanções unilaterais para complementar as estabelecidas pela ONU, o que poderia prejudicar ainda mais a economia e o comércio do isolado regime de Kim Jong-un.

Além disso, Seul e Washington estão realizando no território sul-coreano a maior manobra militar conjunta da história dos dois países, com mais de 330 mil soldados, ações que receberam duras críticas de Pyongyang, que considera o exercício como um "ensaio para a invasão" do país.

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