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Coreia do Norte contradiz Trump e diz que pediu alívio parcial de sanções

Trump deixou cúpula entre os países alegando que Kim Kong-un pediu retirada de todas as sanções

Trump-Kim: Líderes fizeram cúpula, mas não chegaram a acordo (Leah Millis/Reuters)
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EFE

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 15h58.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 16h27.

Hanói - O ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte , Ri Yong-ho, contradisse nesta sexta-feira (data local) o presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , ao assegurar que seu governo só pediu um alívio parcial de sanções, e não um total, durante a cúpula de Hanói entre o governante americano e o líder norte-coreano, Kim Jong-un .

Ri fez essa declaração em entrevista coletiva improvisada no hotel onde está alojada a delegação norte-coreana em Hanói, segundo informou a agência sul-coreana "Yonhap".

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"Oferecemos desmantelar de forma permanente e completa todas as instalações de produção de material nuclear em Yongbyon, incluindo plutônio e urânio, com a presença de especialistas americanos e através de operações conjuntas dos técnicos de ambos países", assegurou o titular de Exteriores norte-coreano.

A Coreia do Norte condicionou essa oferta a que "os Estados Unidos suspendam uma parte das sanções das Nações Unidas, em outras palavras, aquelas que afetam a economia privada e o sustento do povo", detalhou.

Dado o atual nível de confiança entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, essa era a maior medida de desnuclearização concebível pela parte norte-coreana, acrescentou Ri, de acordo com a "Yonhap".

Os norte-coreanos também ofereceram a Washington colocar no papel um compromisso de deter permanentemente seus testes de armas nucleares e mísseis de longo alcance "a fim de acalmar as preocupações dos Estados Unidos", afirmou o ministro.

No entanto, os Estados Unidos insistiram para que a Coreia do Norte desse "mais um passo" além do desmantelamento das instalações de Yongbyon, onde Pyongyang produz seu combustível para bombas atômicas, o que levou Kim a concluir que Washington não estava preparado para chegar a um acordo, acrescentou.

Ri ressaltou que é necessário gerar mais confiança entre as partes e reiterou que a posição do Norte não mudará, mesmo se os Estados Unidos pressionarem para que haja novas conversas.

A vice-ministra de Exteriores norte-coreana, Choe son-hui, disse mais tarde, segundo a "Yonhap", que o líder norte-coreano pareceu confundido pelos "cálculos" dos americanos quando participou dos encontros de quarta e quinta-feira.

"Tive a impressão que nosso líder pode ter perdido o entusiasmo por um acordo entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos mais adiante", advertiu.

A reação da Coreia do Norte contradiz a versão expressada horas antes por Trump na sua entrevista coletiva, pouco depois que a cúpula de Hanói terminou de forma abrupta e sem a assinatura de nenhum acordo.

"Basicamente eles queriam que suspendêssemos as sanções de forma integral, e nós não podíamos fazer isso. Estavam dispostos a desnuclearizar uma grande parte das áreas que queríamos, mas não podíamos suspender todas as sanções por isso (...) Tivemos que nos retirar", explicou Trump.

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