Conselho de Segurança não fecha acordo sobre Síria
Apesar da pressão de países europeus por sanções, Rússia impediu uma decisão contra o governo de Bashar al Assad
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2011 às 14h19.
Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu as negociações sobre a Síria nesta quarta-feira sem um acordo para uma nova resolução, após a Rússia rejeitar a tentativa da Europa de ameaçar Damasco com sanções.
O Conselho discutiu projetos de resolução antagônicos sobre a crise Síria elaborados por França, Grã-Bretanha, Alemanha e Portugal, por um lado, e Rússia, por outro.
Os europeus propuseram uma nova resolução na qual renunciam ao pedido de sanções imediatas, mas ameaçam o presidente Bashar al Assad com ações caso não detenha a sangrenta repressão aos protestos da oposição.
Mas a Rússia rejeitou qualquer ameaça de sanções e sua proposta de resolução pretende condenar a violência de todas as partes envolvidas no conflito sírio.
O representante alemão na ONU, Peter Wittig, disse após a reunião que todas as partes estão comprometidas a enviar uma "mensagem forte e unificada" ao regime sírio.
Durante a tarde, o embaixador russo na ONU deixou claro que Moscou se opõe a um novo projeto de resolução que inclua ameaças de sanção contra a Síria.
"Acreditamos que (o projeto de resolução contra a Síria) é a continuação da política de mudança de regime adotada em relação à Líbia", explicou Vitali Chourkine à imprensa. "Encaremos as coisas de frente, ouvimos declarações em diferentes capitais que descrevem o que é legítimo e o que não é, e pensamos que esta maneira de pensar e de falar fomenta a violência na Síria".
"Pensamos que o nosso projeto de resolução é algo que, se o Conselho o adotar, potencializará o processo político na Síria e contribuirá para interromper a violência, já que não contém uma mensagem muito forte", acrescentou Chourkine.
Os países europeus enviaram na terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que exige "o fim imediato da violência" exercida pelo governo sírio contra os movimentos de protesto e "expressa sua determinação, caso a Síria não aceite esta resolução, de adotar medidas a respeito, incluindo sanções".
Rússia e China ameaçaram impor seu veto a qualquer tipo de sanção proposta no Conselho de Segurança contra o regime sírio.
O Conselho de Segurança limitou-se até agora a fazer uma declaração contra a repressão dos manifestantes na Síria que, segundo a ONU, deixou mais de 2.700 mortos desde março.
Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas concluiu as negociações sobre a Síria nesta quarta-feira sem um acordo para uma nova resolução, após a Rússia rejeitar a tentativa da Europa de ameaçar Damasco com sanções.
O Conselho discutiu projetos de resolução antagônicos sobre a crise Síria elaborados por França, Grã-Bretanha, Alemanha e Portugal, por um lado, e Rússia, por outro.
Os europeus propuseram uma nova resolução na qual renunciam ao pedido de sanções imediatas, mas ameaçam o presidente Bashar al Assad com ações caso não detenha a sangrenta repressão aos protestos da oposição.
Mas a Rússia rejeitou qualquer ameaça de sanções e sua proposta de resolução pretende condenar a violência de todas as partes envolvidas no conflito sírio.
O representante alemão na ONU, Peter Wittig, disse após a reunião que todas as partes estão comprometidas a enviar uma "mensagem forte e unificada" ao regime sírio.
Durante a tarde, o embaixador russo na ONU deixou claro que Moscou se opõe a um novo projeto de resolução que inclua ameaças de sanção contra a Síria.
"Acreditamos que (o projeto de resolução contra a Síria) é a continuação da política de mudança de regime adotada em relação à Líbia", explicou Vitali Chourkine à imprensa. "Encaremos as coisas de frente, ouvimos declarações em diferentes capitais que descrevem o que é legítimo e o que não é, e pensamos que esta maneira de pensar e de falar fomenta a violência na Síria".
"Pensamos que o nosso projeto de resolução é algo que, se o Conselho o adotar, potencializará o processo político na Síria e contribuirá para interromper a violência, já que não contém uma mensagem muito forte", acrescentou Chourkine.
Os países europeus enviaram na terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que exige "o fim imediato da violência" exercida pelo governo sírio contra os movimentos de protesto e "expressa sua determinação, caso a Síria não aceite esta resolução, de adotar medidas a respeito, incluindo sanções".
Rússia e China ameaçaram impor seu veto a qualquer tipo de sanção proposta no Conselho de Segurança contra o regime sírio.
O Conselho de Segurança limitou-se até agora a fazer uma declaração contra a repressão dos manifestantes na Síria que, segundo a ONU, deixou mais de 2.700 mortos desde março.