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Comunidade Britânica aprova mudanças na sucessão do trono

Nova regra aprovada pelos países acaba com o privilégio dos homens para ocupar o cargo de rei da Inglaterra

O casamento de William e Kate: primeiro filho do casal vai herdar o trono, independente do sexo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 12h47.

Perth, Austrália - Os 16 países membros da Commonwealth (Comunidade britânica) aprovaram nesta sexta-feira a mudança das regras históricas de sucessão ao trono da Inglaterra. Agora será permitido que o primeiro filho de William e Catherine se torne monarca independente de seu sexo.

Este acordo, apoiado por todos os países que têm como chefe de Estado a rainha Elizabeth II, representa um momento histórico para a monarquia, segundo declarou o primeiro-ministro britânico David Cameron.

As mudanças devem ser apresentadas e aprovadas oficialmente por cada um dos 16 países e acabará com regras "que não tem mais nenhum sentido", acrescentou Cameron durante uma coletiva de imprensa em Perth (sudoeste da Austrália), onde acontece a 21ª reunião das nações da Commonwealth.

"Acabaremos com este privilégio masculino de maneira que a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento", explicou o chefe de governo britânico.

"Se o duque e a duquesa de Cambridge tiverem uma menina, esta menina será nossa rainha", explicou.

Elizabeth II foi coroada em junho de 1953 simplesmente por não ter tido nenhum irmão.

"Decidimos apagar a regra que diz que quem se casar com um católico não pode se tornar monarca", acrescentou David Cameron, evocando uma lei de 1701.

Contudo, o rei ou a rainha deve continuar protestante, pois ele ou ela é o chefe da Igreja anglicana, ressaltou.

"É injusto que o monarca ou herdeiro do trono não possa se casar com um (a) católico (a) porque ele já pode ser casar com alguém de qualquer outra religião", disse ainda o primeiro-ministro.

Um grupo internacional irá comandar estas reformas para que entrem em vigor ao mesmo tempo nos 16 países.

Os líderes políticos britânicos relutavam quanto à revisão das regras de sucessão por medo de que a reforma não fosse adotada em todos os reinos e que alimentasse movimentos antimonarquistas.

O assuntou voltou a ser discutido após o casamento, em abril, do príncipe William, segundo na ordem de sucessão ao trono, e das comemorações no próximo ano dos 60 anos de reinado de Elizabeth II, dois eventos que podem reunir apoio, segundo especialistas.

"O objetivo é chegar a um acordo no ano que vem, aproveitando o jubileu de diamante da rainha que deve gerar uma boa vontade", acredita Robert Hazell, diretor do departamento de direito constitucional da University College London.

Se o sentimento republicano continua forte na Austrália e Canadá, é um pouco menor em relação a uma separação: um terço dos canadenses quer cortar todos os laços com a monarquia britânica, segundo uma sondagem de junho, enquanto na Austrália a porcentagem chega a 41%, segundo uma pesquisa de maio.

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Este acordo, apoiado por todos os países que têm como chefe de Estado a rainha Elizabeth II, representa um momento histórico para a monarquia, segundo declarou o primeiro-ministro britânico David Cameron.

As mudanças devem ser apresentadas e aprovadas oficialmente por cada um dos 16 países e acabará com regras "que não tem mais nenhum sentido", acrescentou Cameron durante uma coletiva de imprensa em Perth (sudoeste da Austrália), onde acontece a 21ª reunião das nações da Commonwealth.

"Acabaremos com este privilégio masculino de maneira que a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento", explicou o chefe de governo britânico.

"Se o duque e a duquesa de Cambridge tiverem uma menina, esta menina será nossa rainha", explicou.

Elizabeth II foi coroada em junho de 1953 simplesmente por não ter tido nenhum irmão.

"Decidimos apagar a regra que diz que quem se casar com um católico não pode se tornar monarca", acrescentou David Cameron, evocando uma lei de 1701.

Contudo, o rei ou a rainha deve continuar protestante, pois ele ou ela é o chefe da Igreja anglicana, ressaltou.

"É injusto que o monarca ou herdeiro do trono não possa se casar com um (a) católico (a) porque ele já pode ser casar com alguém de qualquer outra religião", disse ainda o primeiro-ministro.

Um grupo internacional irá comandar estas reformas para que entrem em vigor ao mesmo tempo nos 16 países.

Os líderes políticos britânicos relutavam quanto à revisão das regras de sucessão por medo de que a reforma não fosse adotada em todos os reinos e que alimentasse movimentos antimonarquistas.

O assuntou voltou a ser discutido após o casamento, em abril, do príncipe William, segundo na ordem de sucessão ao trono, e das comemorações no próximo ano dos 60 anos de reinado de Elizabeth II, dois eventos que podem reunir apoio, segundo especialistas.

"O objetivo é chegar a um acordo no ano que vem, aproveitando o jubileu de diamante da rainha que deve gerar uma boa vontade", acredita Robert Hazell, diretor do departamento de direito constitucional da University College London.

Se o sentimento republicano continua forte na Austrália e Canadá, é um pouco menor em relação a uma separação: um terço dos canadenses quer cortar todos os laços com a monarquia britânica, segundo uma sondagem de junho, enquanto na Austrália a porcentagem chega a 41%, segundo uma pesquisa de maio.

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