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Companhias aéreas ainda podem ser rés em processo pelo 11/9

A World Trade Center Properties, empresa de Silverstein, acusa a United, a United Continental Holdings e a American Airlines de falhas na segurança

Fumaça sai dos prédios do WTC: o recurso das companhias aéreas alegava que a WTPC já recebera uma compensação das seguradoras pelos atentados (Craig Allen/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 21h10.

Nova York - A maioria dos processos judiciais decorrentes do atentado de 11 de setembro de 2001, que completa 11 anos na terça-feira, já foi encerrada, mas uma ação que responsabiliza a United Airlines e a American Airlines por prejuízos sofridos no ataque ainda pode ir a julgamento.

Duas recentes decisões de um juiz federal rejeitando o arquivamento de uma ação relacionada ao pagamento de seguro abriram espaço para que o processo inteiro acabe diante de um júri.

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Em 11 de setembro de 2001, militantes islâmicos sequestraram quatro aviões para cometer atentados nos EUA . Dois dos aviões foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center; outro foi atirado contra o Pentágono, e o quarto caiu num campo desabitado do Estado da Pensilvânia.

O empresário Larry Silverstein, arrendatário do terreno onde ficava o World Trade Center, pleiteia que as companhias aéreas e outras partes ofereçam um ressarcimento além daquilo que ele já recebeu da sua seguradora.

A World Trade Center Properties, empresa de Silverstein, acusa a United, a United Continental Holdings e a American Airlines de falhas na segurança. O processo, aberto em 2008, também cita a Boeing, a Autoridade Portuária de Massachusetts (administradora do aeroporto Logan, em Boston) e empresas de segurança.


Silverstein queria 8,4 milhões de dólares em indenizações por prejuízos patrimoniais e lucros cessantes, embora o juiz Alvin Hellerstein já tenha limitado a quantia aos 2,8 bilhões de dólares que o empresário pagou pelo arrendamento. Esse processo é um dos últimos litígios judiciais relativos ao 11 de Setembro ainda abertos.

Hellerstein, responsável por um tribunal que fica a menos de 1,5 quilômetro do WTC, cuidou da maioria dos processos abertos por sobreviventes, por familiares dos mortos e por pessoas jurídicas.

Em 31 de agosto, ele rejeitou uma moção das empresas aéreas alegando que os 4 bilhões de dólares pagos por seguradoras a Silverstein mais do que compensavam os prejuízos de 2,8 bilhões que ele poderia cobrar das empresas aéreas. O juiz determinou que o caso deverá ser decidido por um júri, em data ainda não marcada.

Na segunda-feira, advogados de Silvertein escreveram ao juiz pedindo que ele marque "um julgamento de todas as questões", inclusive a responsabilidade civil das empresas aéreas.

A carta argumenta que o dinheiro está rendendo juros nas contas das seguradoras das rés, "ao invés de ajudar a reconstruir o World Trade Center".

A American Airlines e a United Continental não quiseram comentar o caso.

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