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Como estão os responsáveis pela Guerra no Iraque

Dez anos depois da invasão americana, os políticos e teóricos neoconservadores da Guerra no Iraque desapareceram ou estão desacreditados

(A partir do topo, em sentido horário) George W. Bush, Tony Blair, Ahmed Chalabi, Donald Rumsfeld, Dick Cheney e Paul Wolfowitz (AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 13h15.

Washington - Eles queriam reconstruir o Oriente Médio, mas, 10 anos depois, os políticos e teóricos neoconservadores artífices da Guerra no Iraque desapareceram, ou estão desacreditados.

- George W. Bush

Como 43º presidente dos Estados Unidos e comandante em chefe das forças americanas, foi o principal responsável por ter iniciado a guerra para derrubar Saddam Hussein. Ele acreditava que escreveria seu nome na História ao tomar esta decisão. Atualmente não exerce mais nenhuma função política nos Estados Unidos, e menos ainda a nível mundial.

Com 66 anos, está aposentado e vive no Texas. Em recentes revelações deixou a entender que tem se dedicado à pintura.

O ponto alto de seus dez anos de presidência foi o momento em que desafiou os inimigos da América ao inspecionar as ruínas do World Trade Center após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Provavelmente teria deixado uma outra imagem se não tivesse aparecido em 2003, dois meses depois do início do conflito no Iraque, a bordo de um porta-aviões sob uma bandeira clamando: "Missão cumprida". A guerra neste momento estava muito longe de terminar e isso o perseguiu pelo resto de sua presidência.

- Tony Blair

O ex-primeiro-ministro britânico declarou em uma recente entrevista à BBC sobre o seu apoio a George W. Bush durante a guerra no Iraque: "Há muito tempo deixei de tentar convencer as pessoas de que foi uma boa decisão".

Tony Blair, que sempre foi muito mais popular no exterior do que no Reino Unido, ainda considera ter feito uma boa escolha. Mas o apoio do ex-líder trabalhista à guerra no Iraque, à qual a maioria dos britânicos se opunha, acabou por denegrir o seu mandato. Tony Blair, 59 anos, deixou o cargo em 2007. Atualmente é o enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio.


- Dick Cheney

Se Tony Blair parecia incomodado com a rejeição da população a sua decisão de apoiar a invasão, este não foi o caso do ex-vice-presidente americano: "Se você quer ser amado, faça cinema", declarou recentemente Dick Cheney, de 72 anos.

Até hoje, ele se recusa a acreditar que Saddam Hussein não tentava desenvolver um programa de armas de destruição em massa, ainda defende o uso da tortura por militares americanos como método de interrogatório e está convencido de que tomou as melhores decisões.

- Donald Rumsfeld

O ex-secretário da Defesa se tornou a estrela inesperada da guerra no Iraque em 2003. Sempre presente na televisão americana com suas coletivas cheias de ilustrações, falhou em um dos objetivos que lhe foi confiado no início de suas funções: reduzir o orçamento da Defesa.

Enviar tropas de ocupação para um país inimigo não foi a melhor opção para fazer baixar os custos, assim como o contingente enviado inicialmente se mostrou insuficiente para controlar uma guerra civil nascente.

De acordo com generais aposentados, a planificação da guerra feita por Rumsfeld foi "desastrosa".

Atualmente com 80 anos, apresentou sua renúncia após a revelação dos abusos cometidos por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib, mas George W. Bush rejeitou. Contudo, perdeu todo o apoio político, e finalmente deixou suas funções em 2006.

- Paul Wolfowitz

Segundo vários altos funcionários americanos da época, Paul Wolfowitz, secretário-adjunto da Defesa, foi um dos primeiros após os atentados de 11 de setembro a falar de um ataque contra o Iraque a Al-Qaeda no Afeganistão.

Hoje, como analista de um grupo de reflexão, Paul Wolfowitz admite que o pretexto das armas de destruição em massa foi escolhido apenas para recolher o máximo de apoio possível para uma operação no Iraque.

Depois de deixar o Pentágono, Paul Wolfowitz, de 69 anos, foi presidente do Banco Mundial, mas precisou renunciar em 2007, acusado de ter favorecido alguns parceiros.

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Washington - Eles queriam reconstruir o Oriente Médio, mas, 10 anos depois, os políticos e teóricos neoconservadores artífices da Guerra no Iraque desapareceram, ou estão desacreditados.

- George W. Bush

Como 43º presidente dos Estados Unidos e comandante em chefe das forças americanas, foi o principal responsável por ter iniciado a guerra para derrubar Saddam Hussein. Ele acreditava que escreveria seu nome na História ao tomar esta decisão. Atualmente não exerce mais nenhuma função política nos Estados Unidos, e menos ainda a nível mundial.

Com 66 anos, está aposentado e vive no Texas. Em recentes revelações deixou a entender que tem se dedicado à pintura.

O ponto alto de seus dez anos de presidência foi o momento em que desafiou os inimigos da América ao inspecionar as ruínas do World Trade Center após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Provavelmente teria deixado uma outra imagem se não tivesse aparecido em 2003, dois meses depois do início do conflito no Iraque, a bordo de um porta-aviões sob uma bandeira clamando: "Missão cumprida". A guerra neste momento estava muito longe de terminar e isso o perseguiu pelo resto de sua presidência.

- Tony Blair

O ex-primeiro-ministro britânico declarou em uma recente entrevista à BBC sobre o seu apoio a George W. Bush durante a guerra no Iraque: "Há muito tempo deixei de tentar convencer as pessoas de que foi uma boa decisão".

Tony Blair, que sempre foi muito mais popular no exterior do que no Reino Unido, ainda considera ter feito uma boa escolha. Mas o apoio do ex-líder trabalhista à guerra no Iraque, à qual a maioria dos britânicos se opunha, acabou por denegrir o seu mandato. Tony Blair, 59 anos, deixou o cargo em 2007. Atualmente é o enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio.


- Dick Cheney

Se Tony Blair parecia incomodado com a rejeição da população a sua decisão de apoiar a invasão, este não foi o caso do ex-vice-presidente americano: "Se você quer ser amado, faça cinema", declarou recentemente Dick Cheney, de 72 anos.

Até hoje, ele se recusa a acreditar que Saddam Hussein não tentava desenvolver um programa de armas de destruição em massa, ainda defende o uso da tortura por militares americanos como método de interrogatório e está convencido de que tomou as melhores decisões.

- Donald Rumsfeld

O ex-secretário da Defesa se tornou a estrela inesperada da guerra no Iraque em 2003. Sempre presente na televisão americana com suas coletivas cheias de ilustrações, falhou em um dos objetivos que lhe foi confiado no início de suas funções: reduzir o orçamento da Defesa.

Enviar tropas de ocupação para um país inimigo não foi a melhor opção para fazer baixar os custos, assim como o contingente enviado inicialmente se mostrou insuficiente para controlar uma guerra civil nascente.

De acordo com generais aposentados, a planificação da guerra feita por Rumsfeld foi "desastrosa".

Atualmente com 80 anos, apresentou sua renúncia após a revelação dos abusos cometidos por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib, mas George W. Bush rejeitou. Contudo, perdeu todo o apoio político, e finalmente deixou suas funções em 2006.

- Paul Wolfowitz

Segundo vários altos funcionários americanos da época, Paul Wolfowitz, secretário-adjunto da Defesa, foi um dos primeiros após os atentados de 11 de setembro a falar de um ataque contra o Iraque a Al-Qaeda no Afeganistão.

Hoje, como analista de um grupo de reflexão, Paul Wolfowitz admite que o pretexto das armas de destruição em massa foi escolhido apenas para recolher o máximo de apoio possível para uma operação no Iraque.

Depois de deixar o Pentágono, Paul Wolfowitz, de 69 anos, foi presidente do Banco Mundial, mas precisou renunciar em 2007, acusado de ter favorecido alguns parceiros.

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