Como 10 países europeus enxergam os refugiados
Uma pesquisa conduzida pelo Pew Research Center revelou as preocupações e medos da população europeia sobre ataques terroristas e economia
Gabriela Ruic
Publicado em 13 de agosto de 2016 às 07h00.
São Paulo – O número de refugiados na Europa bateu recorde em 2015 ao atingir a marca de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o Pew Research Center, organização dedicada ao estudo dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos, esse o número é superior ao observado em 1992, quando 700 mil pessoas buscaram proteção em decorrência da queda do Muro de Berlim nos países que hoje formam grande parte do bloco.
Uma análise dos dados sobre essas pessoas conduzida pela entidade revelou que a muitas delas vem de lugares como Kosovo e Albânia, mas a maioria esmagadora tem como origem Síria, Iraque e Afeganistão.
Embora o grupo de solicitantes esteja espalhado pelo continente, dois países se destacam como os maiores pontos de recepção: Hungria e Suécia. Segundo os números avaliados, para cada 100 mil habitantes, a Hungria tem 1.770 solicitantes de asilo e a Suécia 1.600.
A crise dos refugiados, que foi classificada pela ONU como a maior vista no mundo desde a Segunda Guerra Mundial, acabou por se tornar uma das maiores bandeiras da extrema direita europeia. Mas a questão é especialmente delicada justamente na Hungria e na Suécia, os dois países que receberam mais refugiados.
Na Hungria, o coro contra as políticas migratórias que vem sendo propostas pela União Europeia é fortalecido pelo primeiro-ministro Viktor Orban, do partido Fidesz, enquanto na Suécia , o governo tem endurecido suas políticas de asilo, com o apoio do nacionalista Partido dos Democratas Suecos, que teve 13% dos votos na última eleição.
Com a palavra, os europeu
Do lado da população, outra pesquisa conduzida pela Pew mostrou que em ambos países há a preocupação e o medo de que a presença maior dos refugiados aumente as chances de ataques terroristas. Na Hungria, 76% dos entrevistados se manifestaram dessa forma e na Suécia 57%.
No que diz respeito aos impactos econômicos, 82% dos húngaros consideram que os refugiados vão tomar postos de trabalho de cidadãos do país, assim como dominarão os serviços sociais. Na Suécia, no entanto, a percentagem de pessoas que se manifestaram desta forma é de apenas 32%.
Essa consulta foi estendida a outros oito países da Europa e trouxe à tona resultados bem diferentes. Na França , por exemplo, um dos países mais afetados pela onda de ataques terroristas recentes, 46% da população crê que os refugiados podem trazer ameaças de novos atentados, mas só 24% acha que eles são mais culpados de crimes em geral.
Veja abaixo os resultados na íntegra.
São Paulo – O número de refugiados na Europa bateu recorde em 2015 ao atingir a marca de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o Pew Research Center, organização dedicada ao estudo dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos, esse o número é superior ao observado em 1992, quando 700 mil pessoas buscaram proteção em decorrência da queda do Muro de Berlim nos países que hoje formam grande parte do bloco.
Uma análise dos dados sobre essas pessoas conduzida pela entidade revelou que a muitas delas vem de lugares como Kosovo e Albânia, mas a maioria esmagadora tem como origem Síria, Iraque e Afeganistão.
Embora o grupo de solicitantes esteja espalhado pelo continente, dois países se destacam como os maiores pontos de recepção: Hungria e Suécia. Segundo os números avaliados, para cada 100 mil habitantes, a Hungria tem 1.770 solicitantes de asilo e a Suécia 1.600.
A crise dos refugiados, que foi classificada pela ONU como a maior vista no mundo desde a Segunda Guerra Mundial, acabou por se tornar uma das maiores bandeiras da extrema direita europeia. Mas a questão é especialmente delicada justamente na Hungria e na Suécia, os dois países que receberam mais refugiados.
Na Hungria, o coro contra as políticas migratórias que vem sendo propostas pela União Europeia é fortalecido pelo primeiro-ministro Viktor Orban, do partido Fidesz, enquanto na Suécia , o governo tem endurecido suas políticas de asilo, com o apoio do nacionalista Partido dos Democratas Suecos, que teve 13% dos votos na última eleição.
Com a palavra, os europeu
Do lado da população, outra pesquisa conduzida pela Pew mostrou que em ambos países há a preocupação e o medo de que a presença maior dos refugiados aumente as chances de ataques terroristas. Na Hungria, 76% dos entrevistados se manifestaram dessa forma e na Suécia 57%.
No que diz respeito aos impactos econômicos, 82% dos húngaros consideram que os refugiados vão tomar postos de trabalho de cidadãos do país, assim como dominarão os serviços sociais. Na Suécia, no entanto, a percentagem de pessoas que se manifestaram desta forma é de apenas 32%.
Essa consulta foi estendida a outros oito países da Europa e trouxe à tona resultados bem diferentes. Na França , por exemplo, um dos países mais afetados pela onda de ataques terroristas recentes, 46% da população crê que os refugiados podem trazer ameaças de novos atentados, mas só 24% acha que eles são mais culpados de crimes em geral.
Veja abaixo os resultados na íntegra.