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Começa nova etapa da luta contra o EI no oeste do Iraque

Assessores americanos visitaram província no oeste do Iraque, em um claro sinal da nova etapa anunciada pelos EUA na luta contra o Estado Islâmico

Caças se preparam para decolar de porta-aviões, para ação contra o Estado Islâmico (Marinha americana/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 11h43.

Bagdá - Assessores militares americanos visitam pela primeira vez a província iraquiana de Al-Anbar, oeste do país, em um claro sinal da "nova etapa" anunciada pelo governo dos Estados Unidos na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI).

Ao mesmo tempo, o Pentágono ainda não tem notícias sobre o paradeiro do líder do EI, Abu Bakr al-Bagdadi, depois dos ataques da coalizão na semana passada contra um comboio de 10 veículos que talvez transportasse os líderes jihadistas.

Informações não confirmadas indicaram que Bagdadi morreu ou foi ferido nos ataques.

"Temos muitas informações contraditórias sobre o destino de Bagdadi. Mas nós não podemos confirmar seu estado atual", declarou o porta-voz do Pentágono, o coronel Steven Warren.

O envio de 50 soldados a Al-Anbar aconteceu pouco depois do anúncio de que a presença americana dobrou no Iraque, chegando a 3.000 soldados. Isto poderia permitir às forças iraquianas uma configuração mais ofensiva contra os jihadistas, com o respaldo da coalizão.

Esta é a primeira vez desde o início da ofensiva conjunta com o governo iraquiano contra o EI que Washington envia militares a uma área diferente de Bagdá e da região autônoma do Curdistão (norte).

As forças leais ao governo têm gigantescas dificuldades para recuperar terreno nesta província do oeste do país, quase totalmente controlada pelo EI, que recentemente executou mais de 200 integrantes de uma tribo sunita que lutava contra os jihadistas.

A Jordânia, aliada da coalizão internacional, enviou ajuda humanitária na segunda-feira para esta província, com a qual divide uma fronteira.

As forças iraquianas, encurraladas em Al-Anbar, pareciam próximas de reconquistar a cidade de Baiji, ao norte de Bagdá, com o apoio aéreo da coalizão internacional.

Curdos temem ataque da Al-Nosra

Os curdos sírios retomaram nesta terça-feira do EI várias ruas e prédios ao sul da cidade de Kobane, cenário de combates violentos desde 16 de setembro.

O avanço aconteceu um dia depois do anúncio de representantes dos curdos sobre uma progressão "rua por rua" em Kobane, com a promessa de reconquista de toda a cidade em "um período curto de tempo".

"As Unidades de Proteção do Povo (YPG) recuperam ruas e edifícios ao sul de Kobane, depois de combates violentos contra o EI que começaram na segunda-feira", informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Saleh Muslim, líder do Partido da União Democrática (PYD), afirmou temer um ataque da Frente Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda, contra a cidade síria curda de Afrin. O grupo jihadista concentrou reforços no local depois que assumiu o controle de localidades que estavam sob poder dos rebeldes moderados na região noroeste da Síria.

Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, o líder da oposição síria no exílio acusou a coalizão internacional de "fechar os olhos" para as atrocidades do regime de Bashar al-Assad em consequência da luta contra o EI.

"A coalizão combate o sintoma do problema, que é o Estado Islâmico, sem se preocupar com sua origem que é o regime de Bashar al-Assad", declarou Hadi al-Bahra.

O conflito provocou mais de 195.000 mortes desde 2011.

O presidente sírio recebeu de maneira favorável a proposta do emissário da ONU, Staffan De Mistura, de "congelar" os combates em Aleppo, ex-capital econômica do país. Mas o governo dos Estados Unidos afirmou que duvida da sinceridade de Assad.

A situação na Síria foi tema de uma conversa nesta terça-feira entre o presidente americano Barack Obama e o colega russo Vladimir Putin em Pequim, à margem da reunião de cúpula da APEC. Moscou é um dos principais aliados do regime de Assad, ao lado do governo do Irã.

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Ao mesmo tempo, o Pentágono ainda não tem notícias sobre o paradeiro do líder do EI, Abu Bakr al-Bagdadi, depois dos ataques da coalizão na semana passada contra um comboio de 10 veículos que talvez transportasse os líderes jihadistas.

Informações não confirmadas indicaram que Bagdadi morreu ou foi ferido nos ataques.

"Temos muitas informações contraditórias sobre o destino de Bagdadi. Mas nós não podemos confirmar seu estado atual", declarou o porta-voz do Pentágono, o coronel Steven Warren.

O envio de 50 soldados a Al-Anbar aconteceu pouco depois do anúncio de que a presença americana dobrou no Iraque, chegando a 3.000 soldados. Isto poderia permitir às forças iraquianas uma configuração mais ofensiva contra os jihadistas, com o respaldo da coalizão.

Esta é a primeira vez desde o início da ofensiva conjunta com o governo iraquiano contra o EI que Washington envia militares a uma área diferente de Bagdá e da região autônoma do Curdistão (norte).

As forças leais ao governo têm gigantescas dificuldades para recuperar terreno nesta província do oeste do país, quase totalmente controlada pelo EI, que recentemente executou mais de 200 integrantes de uma tribo sunita que lutava contra os jihadistas.

A Jordânia, aliada da coalizão internacional, enviou ajuda humanitária na segunda-feira para esta província, com a qual divide uma fronteira.

As forças iraquianas, encurraladas em Al-Anbar, pareciam próximas de reconquistar a cidade de Baiji, ao norte de Bagdá, com o apoio aéreo da coalizão internacional.

Curdos temem ataque da Al-Nosra

Os curdos sírios retomaram nesta terça-feira do EI várias ruas e prédios ao sul da cidade de Kobane, cenário de combates violentos desde 16 de setembro.

O avanço aconteceu um dia depois do anúncio de representantes dos curdos sobre uma progressão "rua por rua" em Kobane, com a promessa de reconquista de toda a cidade em "um período curto de tempo".

"As Unidades de Proteção do Povo (YPG) recuperam ruas e edifícios ao sul de Kobane, depois de combates violentos contra o EI que começaram na segunda-feira", informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Saleh Muslim, líder do Partido da União Democrática (PYD), afirmou temer um ataque da Frente Al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaeda, contra a cidade síria curda de Afrin. O grupo jihadista concentrou reforços no local depois que assumiu o controle de localidades que estavam sob poder dos rebeldes moderados na região noroeste da Síria.

Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, o líder da oposição síria no exílio acusou a coalizão internacional de "fechar os olhos" para as atrocidades do regime de Bashar al-Assad em consequência da luta contra o EI.

"A coalizão combate o sintoma do problema, que é o Estado Islâmico, sem se preocupar com sua origem que é o regime de Bashar al-Assad", declarou Hadi al-Bahra.

O conflito provocou mais de 195.000 mortes desde 2011.

O presidente sírio recebeu de maneira favorável a proposta do emissário da ONU, Staffan De Mistura, de "congelar" os combates em Aleppo, ex-capital econômica do país. Mas o governo dos Estados Unidos afirmou que duvida da sinceridade de Assad.

A situação na Síria foi tema de uma conversa nesta terça-feira entre o presidente americano Barack Obama e o colega russo Vladimir Putin em Pequim, à margem da reunião de cúpula da APEC. Moscou é um dos principais aliados do regime de Assad, ao lado do governo do Irã.

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