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Comboio de turistas estrangeiros é atacado no Afeganistão

Segundo o porta-voz do governador de Herat, Jilani Farhad, os turistas viajavam em um comboio sob a proteção do exército afegão, que reagiu à emboscada

Afeganistão: os ônibus locais também costumam ser alvos de emboscadas nas estradas (Ahmad Masood / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 11h21.

Vários turistas europeus e americanos ficaram feridos nesta quinta-feira por um disparo de foguete contra seu veículo no oeste do Afeganistão , entre as cidades históricas de Bamyan e Herat.

Segundo um responsável provincial em Herat, se tratava de um grupo de doze pessoas, oito britânicos, três americanos e um alemão.

As fontes oficiais consultadas pela AFP apontaram os talibãs como os autores desta emboscada.

"Cinco turistas estrangeiros e seu motorista (afegão) foram feridos em uma emboscada lançada por talibãs" na estrada que une a província de Bamyan com a de Herat, segundo um porta-voz do exército, Najibullah Najibi.

"Seu veículo foi atingido em cheio por um disparo de foguete dos talibãs; foi possível tirar os cinco turistas e eles ficaram levemente feridos. Estão sendo levados a Herat", disse o porta-voz.

Segundo o porta-voz do governador de Herat, Jilani Farhad, os turistas viajavam em um comboio sob a proteção do exército afegão, que reagiu à emboscada. "Vários talibãs morreram", disse.

Até o momento, os talibãs não reivindicaram o ataque.

Não está claro por que os turistas viajavam por esta zona, quando as embaixadas dos países ocidentais aconselham seus cidadãos a não viajar ao Afeganistão.

O ataque ocorreu no distrito de Chisht-e-Sharif, na zona montanhosa e isolada de Ghor (centro), entre Bamyan e Herat, duas cidades conhecidas por seu patrimônio arqueológico e capitais de províncias consideradas relativamente tranquilas.

Vários distritos da província de Ghor são, no entanto, mais complicados.

O ataque ocorreu num momento em que os talibãs intensificam sua tradicional ofensiva de verão, depois de uma breve interrupção durante as celebrações do mês santo muçulmano do Ramadã, que terminou no início de julho.

Na segunda-feira os talibãs lançaram um atentado com um caminhão-bomba contra um hotel para estrangeiros em Cabul. Após sete horas de ataque, a operação terminou com um policial morto e outros três feridos.

Estradas perigosas

Viajar por estrada no Afeganistão é considerado cada vez mais perigoso. Os ataques insurgentes islamitas se multiplicam, especialmente no norte, no sul e no leste do país, onde ocorrem violentos combates.

Circular sob a proteção das forças armadas afegãs também não é uma garantia. No início de junho, um jornalista americano da rádio pública NPR, David Gilkey, e seu colega e tradutor afegão Zabihullah Tamanna, morreram quando viajavam em um comboio militar na instável província de Helmand (sul).

Os ônibus locais também costumam ser alvos de emboscadas nas estradas.

Por sua vez, os trabalhadores das ONGs, menos protegidos que os diplomatas ou os militares estrangeiros, são vítimas de sequestros, que podem ser tanto criminais quanto políticos.

A cooperante indiana Judith D'Souza, de 40 anos, que trabalhava para a Fundação de Aga Khan, foi sequestrada perto de sua casa no centro de Cabul em 9 de junho. Foi libertada mais de seis semanas depois, em 23 de julho.

Poucas semanas antes do sequestro de D'Souza, uma cooperante australiana foi sequestrada na cidade de Jalalabad, perto da fronteira com o Paquistão.

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Vários turistas europeus e americanos ficaram feridos nesta quinta-feira por um disparo de foguete contra seu veículo no oeste do Afeganistão , entre as cidades históricas de Bamyan e Herat.

Segundo um responsável provincial em Herat, se tratava de um grupo de doze pessoas, oito britânicos, três americanos e um alemão.

As fontes oficiais consultadas pela AFP apontaram os talibãs como os autores desta emboscada.

"Cinco turistas estrangeiros e seu motorista (afegão) foram feridos em uma emboscada lançada por talibãs" na estrada que une a província de Bamyan com a de Herat, segundo um porta-voz do exército, Najibullah Najibi.

"Seu veículo foi atingido em cheio por um disparo de foguete dos talibãs; foi possível tirar os cinco turistas e eles ficaram levemente feridos. Estão sendo levados a Herat", disse o porta-voz.

Segundo o porta-voz do governador de Herat, Jilani Farhad, os turistas viajavam em um comboio sob a proteção do exército afegão, que reagiu à emboscada. "Vários talibãs morreram", disse.

Até o momento, os talibãs não reivindicaram o ataque.

Não está claro por que os turistas viajavam por esta zona, quando as embaixadas dos países ocidentais aconselham seus cidadãos a não viajar ao Afeganistão.

O ataque ocorreu no distrito de Chisht-e-Sharif, na zona montanhosa e isolada de Ghor (centro), entre Bamyan e Herat, duas cidades conhecidas por seu patrimônio arqueológico e capitais de províncias consideradas relativamente tranquilas.

Vários distritos da província de Ghor são, no entanto, mais complicados.

O ataque ocorreu num momento em que os talibãs intensificam sua tradicional ofensiva de verão, depois de uma breve interrupção durante as celebrações do mês santo muçulmano do Ramadã, que terminou no início de julho.

Na segunda-feira os talibãs lançaram um atentado com um caminhão-bomba contra um hotel para estrangeiros em Cabul. Após sete horas de ataque, a operação terminou com um policial morto e outros três feridos.

Estradas perigosas

Viajar por estrada no Afeganistão é considerado cada vez mais perigoso. Os ataques insurgentes islamitas se multiplicam, especialmente no norte, no sul e no leste do país, onde ocorrem violentos combates.

Circular sob a proteção das forças armadas afegãs também não é uma garantia. No início de junho, um jornalista americano da rádio pública NPR, David Gilkey, e seu colega e tradutor afegão Zabihullah Tamanna, morreram quando viajavam em um comboio militar na instável província de Helmand (sul).

Os ônibus locais também costumam ser alvos de emboscadas nas estradas.

Por sua vez, os trabalhadores das ONGs, menos protegidos que os diplomatas ou os militares estrangeiros, são vítimas de sequestros, que podem ser tanto criminais quanto políticos.

A cooperante indiana Judith D'Souza, de 40 anos, que trabalhava para a Fundação de Aga Khan, foi sequestrada perto de sua casa no centro de Cabul em 9 de junho. Foi libertada mais de seis semanas depois, em 23 de julho.

Poucas semanas antes do sequestro de D'Souza, uma cooperante australiana foi sequestrada na cidade de Jalalabad, perto da fronteira com o Paquistão.

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