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Combates na Ucrânia podem deslocar milhares de civis, diz ONU

A entidade disse que tem constância da morte de pelo menos quatro civis desde o último dia 28 de janeiro e de importantes "perdas entre os combatentes"

Ucrânia: nos últimos dias se viram combates muito sérios tanto em áreas sob controle do governo ucraniano como em zonas em poder dos separatistas (Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 20h34.

As Nações Unidas advertiram nesta quinta-feira da "perigosa escalada" da violência que se vive no leste da Ucrânia e do risco que milhares de pessoas se vejam obrigadas a deixar seus lares pelos ataques e pelos danos causados nas infraestruturas básicas.

O responsável de Assuntos Políticos da organização, Jeffrey Feltman, fez um balanço perante o Conselho de Segurança da ONU da situação após a intensificação das hostilidades na cidade de Avdeyevka e outras áreas.

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Segundo Feltman, que faltou ao início da reunião do Conselho, nos últimos dias se viram combates muito sérios tanto em áreas sob controle do governo ucraniano como em zonas em poder dos separatistas pró-Rússia.

A ONU disse que tem constância da morte de pelo menos quatro civis desde o último dia 28 de janeiro e de importantes "perdas entre os combatentes de ambos lados".

A organização confirmou, além disso, graves danos em imóveis e uma escola de Avdeyevka, o que faz pensar que podem ter ocorrido violações das normas humanitárias.

Feltman destacou ainda que os combates estão pondo em perigo diretamente áreas de passagem de civis, zonas residenciais e infraestruturas básicas, como o fornecimento de água, eletricidade e calefação.

Segundo explicou, "centenas de milhares de civis" estão em risco de perder o acesso a esses serviços, o que ameaça criar deslocamentos de população.

"Isto é particularmente preocupantes dadas as glaciais temperaturas invernais da região neste momento", acrescentou.

A Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que tem uma missão de observação no terreno, informou que nesta quarta-feira se registraram mais de 10.000 explosões na região de Donetsk, o "maior número de violações" da cessação de hostilidades registrado pelos observadores até agora.

O chefe da missão, Ertugrul Apakan, disse por videoconferência de Kiev que frequentemente são utlizadas armas pesadas proibidas nos acordos de Minsk.

Apakan urgiu todas as partes envolvidas a se retirar, a respeitar o cessar-fogo e a proteger os civis.

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