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Comandantes da polícia turca são destituídos após atentado

Os funcionários foram suspensos como parte da investigação aberta após o atentado terrorista de 10 de outubro diante da estação de Ancara


	Atentado em Ancara: o presidente Recep Tayyip Erdogan reconheceu "possíveis erros" do Estado e ordenou uma investigação especial do atentado, o mais violento da história da Turquia
 (Reuters)

Atentado em Ancara: o presidente Recep Tayyip Erdogan reconheceu "possíveis erros" do Estado e ordenou uma investigação especial do atentado, o mais violento da história da Turquia (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 09h31.

Três comandantes da polícia de Ancara foram destituídos quatro dias depois de um atentado que deixou pelo menos 97 mortos na capital turca, anunciou nesta quarta-feira o ministério do Interior.

A medida afeta o diretor geral da província de Ancara, o diretor de inteligência e o diretor de segurança da força policial.

Os funcionários foram suspensos como parte da investigação aberta após o atentado terrorista de 10 de outubro diante da estação de Ancara, destacou o ministério.

Na terça-feira, o presidente Recep Tayyip Erdogan reconheceu "possíveis erros" do Estado e ordenou uma investigação especial do atentado, o mais violento da história da Turquia.

Nesta quarta-feira, o presidente conservador-islâmico visitou o local do atentado suicida e prestou homenagem às vítimas.

Erdogan, muito criticado após o ataque, depositou flores diante da estação ferroviária de Ancara, ao lado do colega finlandês, Sauli Niinisto, que está em visita oficial à Turquia, informou o canal CNN-Turk.

O atentado de Ancara, a apenas três semanas das eleições legislativas de 1º de novembro, provocou muitos protestos contra o governo, no momento em que as gorças de segurança enfrentam os rebeldes curdos.

Uma parte da oposição critica Erdogan alegando que o governo não garantiu a segurança da manifestação pró-curda. Alguns chegaram a afirmar que o governo teria estimulado os autores do atentado.

O ataque, cometido por dois homens-bomba durante uma concentração de simpatizantes de esquerda e pró-curdos que participariam em uma manifestação pacifista, deixou pelo menos 97 mortos e 500 feridos.

Dois homens vinculados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram detidos, suspeitos de terem conhecimento prévio do atentado em Ancara.

Os dois trocaram informações no Twitter sobre um ataque nove horas antes da ação dos homens-bomba, segundo uma fonte do ministério do Interior.

"É uma nova investigação. Questionamos sobre como poderiam ter conhecimento do atentado", afirmou esta fonte, que pediu anonimato, à AFP.

O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu afirmou que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) é o principal suspeito do ataque, mas não descartou a possibilidade de envolvimento do PKK.

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