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Com foco na eleição, venezuelanos lamentam morte de Chávez

Presidente venezuelano morreu aos 58 anos nesta terça-feira depois de uma batalha de quase dois anos contra um câncer

Apoiadores do presidente Hugo Chávez reagem ao anuncio de sua morte no lado de fora do hospital onde estava sendo tratado, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Apoiadores do presidente Hugo Chávez reagem ao anuncio de sua morte no lado de fora do hospital onde estava sendo tratado, em Caracas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 08h24.

Caracas - A morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, desencadeou uma enxurrada de tributos emocionados que seus aliados esperam que ajudem a garantir a sobrevivência da autointitulada revolução socialista quando os eleitores elegerem um sucessor.

Chávez, de 58 anos, morreu na terça-feira depois de uma batalha de quase dois anos contra o câncer detectado pela primeira vez na região pélvica. Ele sofreu várias complicações após sua última operação, em 11 de dezembro, e não foi visto em público desde então.

Dezenas de milhares de venezuelanos imediatamente tomaram as ruas para homenagear o líder socialista, e o luto e vai continuar durante o velório, nesta quarta-feira.

O futuro das políticas esquerdistas de Chávez, que ganhou a adoração dos venezuelanos pobres mas enfureceu adversários que o acusavam de ditador, agora recai sobre os ombros do vice-presidente Nicolás Maduro, o homem indicado por Chávez para sucedê-lo.

"Na imensa dor dessa tragédia histórica, que tem afetado a nossa pátria, apelamos a todos os compatriotas para estarem vigilantes pela paz, amor, respeito e tranquilidade", disse Maduro.

"Nós pedimos que o nosso povo canalizar essa dor em paz." Maduro, de 50 anos, ex-motorista de ônibus e líder sindical, provavelmente enfrentará o governador de oposição Henrique Capriles na próxima eleição presidencial.

Autoridades disseram que a votação seria convocada dentro de 30 dias, mas não estava claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se a data será anunciada nesse período.

Uma recente pesquisa de opinião mostrou Maduro com ampla liderança sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a bênção de Chávez como seu herdeiro. É provável ainda que ele se beneficie da onda de emoção após a morte do presidente.

Maduro tem sido um aliado próximo de Chávez há anos e seria muito pouco provável que fizesse grandes mudanças políticas.

Alguns têm sugerido que ele poderia tentar aliviar as tensões com investidores e o governo dos EUA, embora, horas antes da morte de Chávez, Maduro tenha afirmado que os "imperialistas" inimigos tinha infectado o presidente com o câncer como parte de uma série de conspirações com os adversários internos.

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