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Com ajuda limitada, recuperação do Harvey pode levar anos

A gravidade da tempestade promete pressionar o Congresso a agir porque o orçamento total para auxílio a desastres atual será inferior ao necessário

Furacão Harvey: a oposição a aumentos de financiamento no passado pode sinalizar uma disputa orçamentária entre os parlamentares (Adrees Latif/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 16h30.

Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 16h41.

Washington/Columbus - A Agência Federal de Gestão de Emergências dos EUA se prepara para anos de recuperação do furacão Harvey, mas ainda assim os recursos de ajuda para desastres do país provavelmente não serão suficientes, o que aumenta a perspectiva de uma possível disputa sobre o Orçamento no Congresso.

A tempestade que atingiu o Texas na sexta-feira, e que causou inundações catastróficas em Houston devido à chuva contínua no estado, é “um acontecimento histórico”, disse Brock Long, administrador da agência, conhecida pela sigla Fema. Há quase 5.000 pessoas do governo federal no local, no Texas e na Louisiana, e a agência está “se preparando para os próximos anos”, disse Long.

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“Esta é uma tempestade que os EUA ainda não viram”, disse Long no programa “State of the Union”, da CNN, no domingo.

A gravidade da tempestade promete pressionar o Congresso a agir porque o orçamento total para auxílio a desastres do ano fiscal atual e dos próximos provavelmente será inferior ao necessário apenas para o Harvey.

A oposição a aumentos de financiamento no passado pode sinalizar uma disputa orçamentária entre os parlamentares, que têm até o fim de setembro para colocar um novo plano de gastos em vigor e aumentar o teto da dívida.

O fundo de socorro para desastres da Fema tinha apenas US$ 3,8 bilhões em 31 de julho e a maior parte desse total deverá ser gasta até o fim de setembro. A Câmara dos Representantes propôs adicionar US$ 6,8 bilhões ao ano fiscal que começa em 1o de outubro.

Próximo do Sandy

Um relatório de sexta-feira da CoreLogic estimou que o furacão Harvey provocaria sozinho US$ 39,6 bilhões em danos a casas em seu caminho imediato. O número está mais próximo do pacote de ajuda aprovado pelo Congresso no início de 2013 para a Costa Leste para a recuperação da Supertempestade Sandy, que ultrapassou US$ 50 bilhões.

Os senadores republicanos do Texas Ted Cruz e John Cornyn votaram contra o pacote final de ajuda do Sandy. Durante esse debate, eles apoiaram uma emenda que teria reduzido a despesa doméstica para pagar o financiamento de emergência.

Na época, Cruz dizia que nem todos os fundos estavam sendo alocados apropriadamente. Cornyn “votou a favor de um pacote de ajuda para o Sandy sem os gastos não relacionados, que incluíam coisas como reparo de peixarias no Pacífico”, disse o porta-voz de Cornyn, Drew Brandewie.

Desta vez, ambos os senadores escreveram ao governador do Texas, Greg Abbott, na sexta-feira, instando-o a agilizar o financiamento de emergência para o estado.

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou o pedido de Abbott para declarar catástrofe grave, disponibilizando assistência federal para complementar os esforços de recuperação estaduais e municipais. Trump deve viajar ao Texas na terça-feira, informou a Casa Branca.

Trump e o vice-presidente, Mike Pence, lideraram uma teleconferência de vídeo com o gabinete e membros importantes do governo no domingo para discutir o apoio federal em curso à resposta e à recuperação.

O presidente “continuou enfatizando sua expectativa de que todos os departamentos e agências continuem integralmente empenhados em apoiar os governadores do Texas e da Louisiana”, segundo divulgado pela Casa Branca.

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