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Colômbia e Farc prometem acordo de paz em 6 meses

O presidente colombiano e o comandante das Farc apertaram as mãos e concordaram em chegar a um acordo de paz definitivo

Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, (E) cumprimenta líder das Farc, Rodrigo Londono, em Havana (Alexandre Meneghini/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 21h54.

Havana - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o comandante das Farc apertaram as mãos nesta quarta-feira e concordaram em chegar a um acordo de paz definitivo no prazo de seis meses para encerrar a guerra mais longa da América Latina .

"O chefe do secretariado das Farc e eu concordamos que, em não mais de seis meses, esta negociação deve chegar a um fim e devemos assinar um acordo final", disse Santos em Havana, local das conversações de paz que já duram três anos.

Rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) combatem o governo colombiano há 51 anos em um conflito que deixou cerca de 220.000 mortos e milhões de desabrigados.

"Esta não será uma tarefa fácil, porque ainda há alguns pontos difíceis para se chegar a um acordo. Mas é uma instrução que demos às nossas delegações, de que cheguemos a um acordo o mais rapidamente possível", disse Santos.

"Nós não vamos falhar. O momento para a paz chegou." Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londono, mais conhecido pelo nome de guerra Timochenko, assinaram um acordo que estabelece a criação de tribunais especiais para julgar ex-combatentes de guerra.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, comemorou os "grandes avanços" do governo colombiano e das Farc. "A paz está mais próxima agora", disse ele em comunicado.

APERTO DE MÃO HISTÓRICO

Santos e Timochenko cumprimentaram-se em um aperto de mão que deve tornar-se uma imagem duradoura na Colômbia. O presidente cubano, Raúl Castro, que sediou a reunião, juntou as mãos deles.

"Cabe agora às duas partes multiplicar esforços para construir o consenso que vai levar a um cessar-fogo bilateral, acordos sobre abandono de armas, e a transformação das Farc em um movimento político legal", disse Timochenko.

Ambos os lados também anunciaram a formação de uma comissão da verdade, um acordo sobre reparações para as vítimas de guerra e uma anistia para os combatentes, exceto aqueles que cometeram crimes de guerra.

A visita de Santos marcou a primeira vez que o presidente viajou para Cuba desde que as negociações começaram, há quase três anos.

"O fim do conflito vai ser uma questão de poucos meses", disse o ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, no Twitter. "A construção da paz em nossa terra vai levar anos." Anteriormente, as partes tinham alcançado acordos parciais sobre reforma agrária, participação política para os ex-rebeldes e um fim ao comércio ilegal de drogas. Além disso, os dois lados chegaram a um acordo sobre a remoção de minas terrestres do campo de batalha.

O grupo insurgente de cerca de 8.000 combatentes, ante 17.000 em seu auge, é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.

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Havana - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o comandante das Farc apertaram as mãos nesta quarta-feira e concordaram em chegar a um acordo de paz definitivo no prazo de seis meses para encerrar a guerra mais longa da América Latina .

"O chefe do secretariado das Farc e eu concordamos que, em não mais de seis meses, esta negociação deve chegar a um fim e devemos assinar um acordo final", disse Santos em Havana, local das conversações de paz que já duram três anos.

Rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) combatem o governo colombiano há 51 anos em um conflito que deixou cerca de 220.000 mortos e milhões de desabrigados.

"Esta não será uma tarefa fácil, porque ainda há alguns pontos difíceis para se chegar a um acordo. Mas é uma instrução que demos às nossas delegações, de que cheguemos a um acordo o mais rapidamente possível", disse Santos.

"Nós não vamos falhar. O momento para a paz chegou." Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londono, mais conhecido pelo nome de guerra Timochenko, assinaram um acordo que estabelece a criação de tribunais especiais para julgar ex-combatentes de guerra.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, comemorou os "grandes avanços" do governo colombiano e das Farc. "A paz está mais próxima agora", disse ele em comunicado.

APERTO DE MÃO HISTÓRICO

Santos e Timochenko cumprimentaram-se em um aperto de mão que deve tornar-se uma imagem duradoura na Colômbia. O presidente cubano, Raúl Castro, que sediou a reunião, juntou as mãos deles.

"Cabe agora às duas partes multiplicar esforços para construir o consenso que vai levar a um cessar-fogo bilateral, acordos sobre abandono de armas, e a transformação das Farc em um movimento político legal", disse Timochenko.

Ambos os lados também anunciaram a formação de uma comissão da verdade, um acordo sobre reparações para as vítimas de guerra e uma anistia para os combatentes, exceto aqueles que cometeram crimes de guerra.

A visita de Santos marcou a primeira vez que o presidente viajou para Cuba desde que as negociações começaram, há quase três anos.

"O fim do conflito vai ser uma questão de poucos meses", disse o ministro do Interior da Colômbia, Juan Fernando Cristo, no Twitter. "A construção da paz em nossa terra vai levar anos." Anteriormente, as partes tinham alcançado acordos parciais sobre reforma agrária, participação política para os ex-rebeldes e um fim ao comércio ilegal de drogas. Além disso, os dois lados chegaram a um acordo sobre a remoção de minas terrestres do campo de batalha.

O grupo insurgente de cerca de 8.000 combatentes, ante 17.000 em seu auge, é considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.

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