Colômbia decreta "situação de desastre" após inundações causadas por tempestades
Presidente Gustavo Petro concedeu uma entrevista coletiva no último domingo para falar sobre o assunto
Agência de notícias
Publicado em 11 de novembro de 2024 às 07h53.
Última atualização em 11 de novembro de 2024 às 10h58.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou “situação de desastre” em nível nacional, após tempestades causarem inundações em várias regiões do país e uma seca que obriga Bogotá a racionar água.
“Decreta-se situação de desastre em todo o país, em virtude da variação climática, geradora de impactos imprevisíveis e incomuns, aumentando a vulnerabilidade dos territórios”, anunciou o presidente neste domingo, em entrevista coletiva.
Petro fez o anúncio após se reunir com autoridades de gestão de riscos para analisar a situação das chuvas. Segundo comunicado da Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD) divulgado hoje, as tempestades deste fim de semana causaram danos em 27 dos 32 departamentos do país. O boletim não menciona se houve vítimas.
Os departamentos que mais registraram emergências devido às chuvas foram La Guajira, Norte de Santander, Chocó, Huila e Cauca. Os principais estragos ocorreram em Chocó, o mais pobre do país, onde cerca de 30 mil famílias foram afetadas.
O presidente anunciou ontem na rede social X que, "devido ao colapso climático" em Chocó, suspenderia sua viagem ao Azerbaijão para participar da COP29.
Embora a declaração de desastre afete todo o país, Petro explicou hoje que os esforços vão se concentrar principalmente em Guajira, Chocó e na capital do país, que enfrenta desde abril um racionamento de água devido à seca nos reservatórios que a abastecem, um fenômeno que Petro atribuiu à “urbanização descontrolada”.
“Muitas coisas estão acontecendo no território nacional para gerar essas precipitações que estamos experimentando", disse hoje à Rádio Caracol a diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais, Ghislaine Echeverry.
A Oscilação de Madden-Julian e o vale das monções, um cinturão de baixa pressão atmosférica, são dois fatores que estão gerando as chuvas intensas, apontou Ghislaine.