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Coalizão xiita de primeiro-ministro vence eleições no Iraque

A coalizão xiita Estado de Direito, liderada pelo primeiro-ministro do Iraque, venceu as eleições parlamentares no país

Primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki: entretanto, partido não conseguiu maioria absoluta (Ahmed Jadallah/Iraque)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h07.

Bagdá -A coalizão xiita Estado de Direito, liderada pelo primeiro-ministro do Iraque , Nouri al-Maliki, venceu as eleições parlamentares no país com 92 cadeiras, sem com isso conseguir maioria absoluta, de acordo com os resultados definitivos, anunciados nesta segunda-feira pela Comissão Eleitoral.

A Comissão Eleitoral anunciou hoje os resultados definitivos, que outorgaram 28% do total de 328 cadeiras do parlamento iraquiano à coalizão de al-Maliki, um ponto menos do garantido nas eleições de 2010, nos quais obteve 89 deputados de 325.

Enquanto isso, o Bloco dos Livres, liderado pelo poderoso clérigo xiita Moqtada al-Sadr, ocupou o segundo lugar, com 28 cadeiras, com uma porcentagem de 8,5%.

O Bloco do Cidadão, presidido pelo líder religioso xiita Amar al-Hakim, obteve a terceira posição com 27 cadeiras e 8,2% da câmara.

A aliança Al Iraqiya, que concorreu às eleições fragmentada em quatro pequenos grupos conseguiu um total de 59 cadeiras, 23 pelo bloco sunita Mutahidun (unidos), presidido pelo presidente do parlamento recém-terminado, Usama al Nuyaifi, e 21 pela coalizão laica Al Wataniya, liderada pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi.

Além disso, o grupo de Al Arabiya, liderado pelo vice-primeiro-ministro Saleh al Mutlaq, obteve dez cadeiras, enquanto o bloco sunita Lealdade a Diyala conseguiu cinco.

Esses resultados oferecem grandes possibilidades para al-Maliki buscar um terceiro mandato como primeiro-ministro, mas não lhe dão maioria absoluta para formar um governo de maioria política, tal como se comprometeu antes do dia da votação.

O anúncio dos resultados oficiais destas eleições, que foram realizadas no meio de uma divisão sectária e sob grandes medidas de segurança, se atraso quase vinte dias para permitir à Comissão Eleitoral estudar as queixas dos candidatos sobre as circunstâncias do sufrágio.

A participação nestas eleições foi de 60%, dois pontos a menos que a registrada nas eleições de 2010.

*Atualizada às 12h44 do dia 19/05/2014

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