Coalizão árabe diz que 18 drones e 7 mísseis do Irã atacaram refinarias
O porta-voz da coalizão liderada pela Arábia Saudita afirmou que o ponto de lançamento dos drones e mísseis ainda não foi identificado
EFE
Publicado em 18 de setembro de 2019 às 14h32.
Última atualização em 18 de setembro de 2019 às 14h33.
Riad — O porta-voz da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita , Turki al-Maliki, denunciou nesta quarta-feira que os ataques cometidos no sábado passado contra as instalações da petroleira saudita Aramco foram realizados com 18 drones e sete mísseis de cruzeiro iranianos.
Em entrevista coletiva, Maliki declarou que os ataques foram disparados do norte, e não do sul, segundo as primeiras investigações sobre o caso. A ofensiva contra as refinarias de Abqaiq e Khurais, na Arábia Saudita, foi reivindicada pelos rebeldes houthis do Iêmen.
Estamos trabalhando para saber exatamente o ponto de lançamento dos drones e mísseis, temos várias maneiras de identificar esse ponto, mas por enquanto não podemos dar mais informações sobre isto", concluiu o porta-voz.
Ele afirmou que o ataque "foi inquestionavelmente apoiado pelo Irã ", embora tenha evitado responder a reiteradas perguntas sobre se o ataque veio da nação dos aiatolás.
Na entrevista coletiva, Maliki mostrou os destroços de três mísseis que não atingiram seu objetivo e foram recuperados e inspecionados, enquanto outros quatro atingiram a usina de Khurais.
Além disso, acrescentou que 18 drones atacaram Abqaiq, a maior instalação de petróleo da Arábia Saudita.
Maliki afirmou que, depois de analisar os destroços, podem afirmar que são de tipo Delta Wing iraniano e que todos os componentes analisados são iranianos.
Ele destacou que o alcance dos drones é de 1,2 mil quilômetros e dos mísseis é de 700 quilômetros, por isso que considerou que "os mísseis nunca poderiam ser lançados do Iêmen", desde os territórios que estão sob o controle dos rebeldes xiitas.
Maliki defendeu os sistemas de defesa aérea da Arábia Saudita, que não puderam evitar o ataque múltiplo, causando a redução de 50% da produção de petróleo do reino mais de 48 horas.
"Nossas defesas aéreas interceptaram mais de 200 mísseis balísticos e 258 drones", disse ele, enfatizando que "não há nação que esteja exposta" a esse número de ataques contra instalações governamentais e civis.