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CIDH pede que EUA reforcem controle de armas

A Comissão de Direitos Humanos pediu também para que autoridades trabalhem para "superar o preconceito e a discriminação" nos EUA contra os LGBT

Armas: a Comissão de Direitos Humanos pediu também para que autoridades trabalhem para "superar o preconceito e a discriminação" nos EUA contra os LGBT (Getty Images / Joe Raedle)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 17h05.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta terça-feira que os Estados Unidos reforcem o controle de armas para conter a violência e trabalhem para superar o preconceito contra os homossexuais após o massacre em uma boate gay que deixou 49 mortos.

A Comissão, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), pediu ao governo federal e estaduais "medidas legislativas urgentes para reduzir a violência armada".

"Os fatores que levam a ambientes violentos incluem acesso fácil a armas de fogo e ao grande número de armas em mãos privadas", afirma a Comissão em um comunicado, no qual exorta as autoridades americanas a reforçar a verificação de antecedentes criminais e testes psicológicos.

A Comissão pediu igualmente para que as autoridades trabalhem para "superar o preconceito e a discriminação" nos Estados Unidos "contra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT)", incluindo por meio do combate "aos estereótipos sociais e culturais" desse grupo.

Armado com um fuzil e uma pistola, Omar Mateen, um americano de origem afegã, supostamente "radicalizado" pela internet, atacou na madrugada de domingo a boate gay, Pulse, em Orlando (Flórida, sudeste), e matou 49 pessoas, principalmente latinos.

Este foi o pior ataque nos Estados Unidos desde os de 11 de setembro de 2001 e colocou em evidência a ameaça do terrorismo, enquanto que reavivou o debate sobre a regulamentação das armas, uma questão sensível na sociedade americana.

Segundo a Comissão, armas como o fuzil AR-15, utilizado pelo atacante de Orlando, devem ser reservadas "apenas às forças estatais dada a sua natureza letal".

Mas o ataque também tem sido considerado como um ataque contra a comunidade gay.

Para a CIDH, a violência contra a comunidade LGBT é um "fenômeno social" e é usada "para punir e denegrir" pessoas que fogem dos cânones convencionais da sexualidade.

Sobre o controle das armas, o principal grupo de apoio às armas de fogo nos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira que aumentar seu controle com novas leis não vai ajudar a prevenir ataques terroristas.

"Os terroristas do Islã radical não serão impedidos por leis de controle das armas", escreveu Chris Cox, diretor-executivo do Instituto para a Ação legislativa da poderosa National Rifle Association (NRA), em uma coluna sobre o ataque a boate gay.

O representante da NRA, uma organização que declarou seu apoio ao candidato presidencial republicano Donald Trump, criticou o presidente Barack Obama e a candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton depois que reiteraram a proposta de introdução de leis mais radicais de controle e uso de armas, incluindo a proibição de armas de assalto.

"Eles estão desesperados para criar a ilusão de que estão fazendo algo para nos proteger", disse Cox.

"A única maneira de derrotar (os terroristas) é destruí-los, não destruir os direitos dos americanos de se defender", acrescentou.

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta terça-feira que os Estados Unidos reforcem o controle de armas para conter a violência e trabalhem para superar o preconceito contra os homossexuais após o massacre em uma boate gay que deixou 49 mortos.

A Comissão, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), pediu ao governo federal e estaduais "medidas legislativas urgentes para reduzir a violência armada".

"Os fatores que levam a ambientes violentos incluem acesso fácil a armas de fogo e ao grande número de armas em mãos privadas", afirma a Comissão em um comunicado, no qual exorta as autoridades americanas a reforçar a verificação de antecedentes criminais e testes psicológicos.

A Comissão pediu igualmente para que as autoridades trabalhem para "superar o preconceito e a discriminação" nos Estados Unidos "contra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT)", incluindo por meio do combate "aos estereótipos sociais e culturais" desse grupo.

Armado com um fuzil e uma pistola, Omar Mateen, um americano de origem afegã, supostamente "radicalizado" pela internet, atacou na madrugada de domingo a boate gay, Pulse, em Orlando (Flórida, sudeste), e matou 49 pessoas, principalmente latinos.

Este foi o pior ataque nos Estados Unidos desde os de 11 de setembro de 2001 e colocou em evidência a ameaça do terrorismo, enquanto que reavivou o debate sobre a regulamentação das armas, uma questão sensível na sociedade americana.

Segundo a Comissão, armas como o fuzil AR-15, utilizado pelo atacante de Orlando, devem ser reservadas "apenas às forças estatais dada a sua natureza letal".

Mas o ataque também tem sido considerado como um ataque contra a comunidade gay.

Para a CIDH, a violência contra a comunidade LGBT é um "fenômeno social" e é usada "para punir e denegrir" pessoas que fogem dos cânones convencionais da sexualidade.

Sobre o controle das armas, o principal grupo de apoio às armas de fogo nos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira que aumentar seu controle com novas leis não vai ajudar a prevenir ataques terroristas.

"Os terroristas do Islã radical não serão impedidos por leis de controle das armas", escreveu Chris Cox, diretor-executivo do Instituto para a Ação legislativa da poderosa National Rifle Association (NRA), em uma coluna sobre o ataque a boate gay.

O representante da NRA, uma organização que declarou seu apoio ao candidato presidencial republicano Donald Trump, criticou o presidente Barack Obama e a candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton depois que reiteraram a proposta de introdução de leis mais radicais de controle e uso de armas, incluindo a proibição de armas de assalto.

"Eles estão desesperados para criar a ilusão de que estão fazendo algo para nos proteger", disse Cox.

"A única maneira de derrotar (os terroristas) é destruí-los, não destruir os direitos dos americanos de se defender", acrescentou.

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