CIA invadiu rede usada pelo Senado americano, diz senadora
Parlamentares usavam rede para investigar alegações de que a agência de inteligência usou tortura em investigações de terrorismo durante governo George W. Bush
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 16h33.
Washington - A chefe da Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, Dianne Feinstein (Partido Democrata), acusou a CIA nesta terça-feira de atividade criminosa por invadir uma rede de computadores criada para senadores.
Os parlamentares usavam a rede para investigar alegações de que a agência de inteligência usou tortura em investigações de terrorismo durante o governo George W. Bush. Dianne falou sobre o assunto em um discurso extraordinário no plenário do Senado. Ela disse que a questão foi apresentada ao Departamento de Justiça para investigação.
A acusação da democrata é o último escândalo a atingir os órgãos de inteligência norte-americanos, cercados de controvérsia desde que o ex-analista de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, revelou o programa de vigilância em massa do órgão.
Embora o monitoramento descrito pela parlamentar pareça muito mais limitado do que o escândalo da NSA, a reação pode ser forte porque envolvia o
painel que supervisiona os programas e o financiamento da CIA. A crítica é particularmente mordaz, porque Dianne tem sido uma dos principais defensoras das
agências de inteligência, em um momento em que elas têm sido duramente criticada nos EUA e no exterior. Ela disse que buscou um pedido de desculpas, mas a CIA ficou em silêncio.
O diretor da CIA, John Brennan, afirmou que agência não estava tentando atrapalhar o relatório da comissão e que não invadiu os computadores do Senado. Ele disse que as autoridades apropriadas irão investigar o assunto. "Eu deixo a eles a responsabilidade de determinar se houve ou não qualquer violação da lei ou princípio."
O porta-voz da Casa Branca Jay Carney não tomou partido entre a CIA e Dianne ao falar sobre o assunto. Disse apenas que o presidente dos EUA, Barack Obama, concorda com a parlamentar que é importante investigar a fundo se a agência violou qualquer lei no que tange à investigação da comissão do Senado. Carney afirmou ainda que não poderia falar mais sobre o assunto porque há uma avaliação em curso por parte de um inspetor-geral e que as alegações foram repassadas ao Departamento de Justiça.
A CIA ofereceu computadores a membros do Congresso em uma sala segura no norte da Virgínia, onde fica a sede da agência, em 2009, para que a comissão pudesse revisar milhões de páginas de documentos ultrassecretos durante o curso da investigação sobre as detenções e interrogações da CIA durante a administração Bush. O que está em jogo agora é se a agência violou um acordo feito com a Comissão de Inteligência do Senado sobre monitoramente do uso de computadores da CIA pela comissão.
Dianne disse que os funcionários do Senado tinham uma ferramenta de busca eletrônica para lidar com 6,2 milhões de páginas de documentos e poderiam fazer cópias em seus computadores. Ela salientou que o acordo sofreu um golpe quando funcionários da CIA retiraram eletronicamente o acesso da comissão aos documentos que já tinham foram fornecidos. Segundo ela, cerca de 870 documentos foram removidos da base de dados em fevereiro de 2010 e outros 50 foram retirados sem o conhecimento da comissão. Fonte: Associated Press.
Washington - A chefe da Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, Dianne Feinstein (Partido Democrata), acusou a CIA nesta terça-feira de atividade criminosa por invadir uma rede de computadores criada para senadores.
Os parlamentares usavam a rede para investigar alegações de que a agência de inteligência usou tortura em investigações de terrorismo durante o governo George W. Bush. Dianne falou sobre o assunto em um discurso extraordinário no plenário do Senado. Ela disse que a questão foi apresentada ao Departamento de Justiça para investigação.
A acusação da democrata é o último escândalo a atingir os órgãos de inteligência norte-americanos, cercados de controvérsia desde que o ex-analista de sistemas da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, revelou o programa de vigilância em massa do órgão.
Embora o monitoramento descrito pela parlamentar pareça muito mais limitado do que o escândalo da NSA, a reação pode ser forte porque envolvia o
painel que supervisiona os programas e o financiamento da CIA. A crítica é particularmente mordaz, porque Dianne tem sido uma dos principais defensoras das
agências de inteligência, em um momento em que elas têm sido duramente criticada nos EUA e no exterior. Ela disse que buscou um pedido de desculpas, mas a CIA ficou em silêncio.
O diretor da CIA, John Brennan, afirmou que agência não estava tentando atrapalhar o relatório da comissão e que não invadiu os computadores do Senado. Ele disse que as autoridades apropriadas irão investigar o assunto. "Eu deixo a eles a responsabilidade de determinar se houve ou não qualquer violação da lei ou princípio."
O porta-voz da Casa Branca Jay Carney não tomou partido entre a CIA e Dianne ao falar sobre o assunto. Disse apenas que o presidente dos EUA, Barack Obama, concorda com a parlamentar que é importante investigar a fundo se a agência violou qualquer lei no que tange à investigação da comissão do Senado. Carney afirmou ainda que não poderia falar mais sobre o assunto porque há uma avaliação em curso por parte de um inspetor-geral e que as alegações foram repassadas ao Departamento de Justiça.
A CIA ofereceu computadores a membros do Congresso em uma sala segura no norte da Virgínia, onde fica a sede da agência, em 2009, para que a comissão pudesse revisar milhões de páginas de documentos ultrassecretos durante o curso da investigação sobre as detenções e interrogações da CIA durante a administração Bush. O que está em jogo agora é se a agência violou um acordo feito com a Comissão de Inteligência do Senado sobre monitoramente do uso de computadores da CIA pela comissão.
Dianne disse que os funcionários do Senado tinham uma ferramenta de busca eletrônica para lidar com 6,2 milhões de páginas de documentos e poderiam fazer cópias em seus computadores. Ela salientou que o acordo sofreu um golpe quando funcionários da CIA retiraram eletronicamente o acesso da comissão aos documentos que já tinham foram fornecidos. Segundo ela, cerca de 870 documentos foram removidos da base de dados em fevereiro de 2010 e outros 50 foram retirados sem o conhecimento da comissão. Fonte: Associated Press.