CIA adverte que luta contra Estado Islâmico durará anos
O EI está "bem armado e bem financiado" e deve demorar não só para acabar com suas capacidades, mas também com seu relato e a propagação de suas mensagens
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2015 às 18h03.
Nova York - O diretor da CIA , John Brennan, assegurou nesta sexta-feira que a luta contra o Estado Islâmico (EI) durará anos e advertiu sobre as dificuldades que a internet e outras tecnologias impõem na hora de combater os grupos jihadistas.
"Esta será uma batalha a longo prazo. O EI não pode ser derrotado de um dia para outro. Se aprendemos uma coisa ao longo dos anos, é que o êxito contra o terrorismo requer paciência e determinação", disse Brennan em uma conferência em Nova York.
O diretor da CIA lembrou que o grupo está "bem armado e bem financiado", conta com "combatentes disciplinados, comprometidos e aguerridos" e, se não se for freado, poderia chegar a cometer ataques nos Estados Unidos e outros países longe de sua atual área de operações.
O êxito contra os jihadistas, assegurou, levará "anos", não só para acabar com suas capacidades, mas também com seu relato e com a propagação de suas mensagens.
Segundo Brennan, esse trabalho é cada vez mais complexo como consequência das novas tecnologias, que permitem grupos como o EI "coordenar operações, atrair novos membros, disseminar propaganda e inspirar simpatizantes de todo o mundo a atuar em seu nome".
"Toda a ameaça do terrorismo está muito amplificada pelo mundo interconectado de hoje, no qual um incidente em um cantinho do planeta pode criar imediatamente uma reação a milhares de milhas, e onde um extremista solitário pode se conectar e aprender a fazer um ataque sem sair de casa", explicou.
Como exemplo, o americano usou como exemplo os recentes atentados cometidos em Paris, Copenhague, Nigéria e Paquistão, em muitas ocasiões separados por apenas algumas horas.
"Estes ataques evidenciam uma preocupante tendência que estamos vendo há um tempo: a aparição de uma ameaça terrorista que é cada vez mais descentralizada, difícil de vigiar e difícil de conter", disse.
Nesse sentido, o diretor da CIA assegurou que cada vez é mais importante a cooperação entre os serviços de inteligência de diferentes países.
Questionado pelo caso concreto do Irã, Brennan assegurou que embora os EUA não esteham coordenando suas ações no Iraque com Teerã, os alvos de ambos países coincidem frequentemente na luta contra o EI.
Brennan, que respondeu a perguntas do público presente no ato organizado pelo "Council of Foreign Relations", destacou a importância do trabalho da agência no mundo digital, e não só contra o terrorismo.
"As ameaças cibernéticas são uma prioridade urgente de segurança nacional, já que os Estados Unidos não têm o equivalente aos dois oceanos que ajudaram a salvaguardar os domínios físicos, marítimos e aéreos de nosso país durante séculos", ressaltou.
Segundo Brennan, "todos os dias, atores estatais, criminosos, organizações terroristas e hackers de todos os tipos tentam penetrar nas redes digitais" do país, cujas instituições estão "sob ataque constante" nesse âmbito. E
Nova York - O diretor da CIA , John Brennan, assegurou nesta sexta-feira que a luta contra o Estado Islâmico (EI) durará anos e advertiu sobre as dificuldades que a internet e outras tecnologias impõem na hora de combater os grupos jihadistas.
"Esta será uma batalha a longo prazo. O EI não pode ser derrotado de um dia para outro. Se aprendemos uma coisa ao longo dos anos, é que o êxito contra o terrorismo requer paciência e determinação", disse Brennan em uma conferência em Nova York.
O diretor da CIA lembrou que o grupo está "bem armado e bem financiado", conta com "combatentes disciplinados, comprometidos e aguerridos" e, se não se for freado, poderia chegar a cometer ataques nos Estados Unidos e outros países longe de sua atual área de operações.
O êxito contra os jihadistas, assegurou, levará "anos", não só para acabar com suas capacidades, mas também com seu relato e com a propagação de suas mensagens.
Segundo Brennan, esse trabalho é cada vez mais complexo como consequência das novas tecnologias, que permitem grupos como o EI "coordenar operações, atrair novos membros, disseminar propaganda e inspirar simpatizantes de todo o mundo a atuar em seu nome".
"Toda a ameaça do terrorismo está muito amplificada pelo mundo interconectado de hoje, no qual um incidente em um cantinho do planeta pode criar imediatamente uma reação a milhares de milhas, e onde um extremista solitário pode se conectar e aprender a fazer um ataque sem sair de casa", explicou.
Como exemplo, o americano usou como exemplo os recentes atentados cometidos em Paris, Copenhague, Nigéria e Paquistão, em muitas ocasiões separados por apenas algumas horas.
"Estes ataques evidenciam uma preocupante tendência que estamos vendo há um tempo: a aparição de uma ameaça terrorista que é cada vez mais descentralizada, difícil de vigiar e difícil de conter", disse.
Nesse sentido, o diretor da CIA assegurou que cada vez é mais importante a cooperação entre os serviços de inteligência de diferentes países.
Questionado pelo caso concreto do Irã, Brennan assegurou que embora os EUA não esteham coordenando suas ações no Iraque com Teerã, os alvos de ambos países coincidem frequentemente na luta contra o EI.
Brennan, que respondeu a perguntas do público presente no ato organizado pelo "Council of Foreign Relations", destacou a importância do trabalho da agência no mundo digital, e não só contra o terrorismo.
"As ameaças cibernéticas são uma prioridade urgente de segurança nacional, já que os Estados Unidos não têm o equivalente aos dois oceanos que ajudaram a salvaguardar os domínios físicos, marítimos e aéreos de nosso país durante séculos", ressaltou.
Segundo Brennan, "todos os dias, atores estatais, criminosos, organizações terroristas e hackers de todos os tipos tentam penetrar nas redes digitais" do país, cujas instituições estão "sob ataque constante" nesse âmbito. E