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China suspende diálogos bilaterais com EUA, após visita de Pelosi a Taiwan

As medidas são as últimas de uma série de passos que têm a intenção de punir Washington por permitir a viagem à ilha que a China alega ser parte de seu território

Forças chinesas também estão realizando exercícios militares nos arredores de Taiwan. Além disso, mísseis foram disparados, segundo autoridades de defesa taiwanesas. (Kevin Lamarqu/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de agosto de 2022 às 09h09.

Última atualização em 5 de agosto de 2022 às 09h17.

A China anunciou nesta sexta-feira, 5, que está encerrando a cooperação com os Estados Unidos em vários campos, com a suspensão das negociações de defesa e climáticas, após a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan nesta semana.

O governo chinês "suspenderá as negociações sobre mudanças climáticas com os Estados Unidos" e cancelará uma reunião com líderes militares, bem como duas reuniões sobre segurança, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da China, citando o "desprezo" que Pelosi demonstrou em sua visita a Taiwan.

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China e Estados Unidos, os dois maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, alcançaram um acordo surpresa sobre o clima na cúpula COP26 celebrada em Glasgow no ano passado.

No acordo, os países se comprometeram a trabalhar juntos para acelerar a ação a favor do clima durante a próxima década e a se reunir regularmente para "abordar a crise climática".

Entre outras medidas, o ministério chinês anunciou a suspensão da cooperação com os Estados Unidos na repatriação de migrantes ilegais, em matéria de justiça, crime transnacional e combate às drogas. Também anunciou sanções contra Pelosi e sua família, mas não detalhou as medidas.

A China, que considera Taiwan parte integrante de seu território, iniciou na quinta-feira as maiores manobras militares de sua história ao redor da ilha em resposta à visita de Pelosi. As manobras prosseguirão até domingo.

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