Wang Yi, ministro chinês das Relações Exteriores (Pedro Pardo/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 24 de janeiro de 2024 às 15h50.
Última atualização em 24 de janeiro de 2024 às 15h58.
A China e Nauru retomaram as relações diplomáticas nesta quarta-feira, 24, após o pequeno arquipélago da Oceania romper as relações com Taiwan no início do mês, em mais um passo do esforço de Pequim para isolar o governo democrático de Taipei.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores e Comércio de Nauru, Lionel Aingimea, em Pequim. Wang disse que a retomada dos laços "demonstra mais uma vez ao mundo que a adesão ao princípio de que há uma só China é uma tendência histórica irresistível".
Aingimea disse que Nauru reconhece Taiwan como uma parte da China, apesar do fato de a República Popular da China nunca ter governado a ilha e de os 23 milhões de habitantes taiwaneses rejeitarem esmagadoramente as reivindicações de Pequim sobre sua soberania.
"Estamos ansiosos pela cooperação prática que acontecerá entre Nauru e a China. A perspectiva é brilhante", disse Aingimea.
O anúncio da ruptura de Nauru ocorreu em 15 de janeiro, apenas dois dias depois de Taiwan eleger um novo presidente, o que fez com que a república mantivesse apenas 12 aliados diplomáticos, ainda que mantenha relações não oficiais fortes com os EUA, Japão e a maioria dos países.
A China tem saído em busca, gradualmente, dos aliados diplomáticos de Taiwan, em parte para punir o Partido Democrático Progressista, que exerce o poder e defende a manutenção do status quo sob o qual Taiwan tem o seu próprio governo, forças armadas e estatuto independente de fato, fora do controle da República Popular da China.