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China reage com frieza a proposta francesa para armas sírias

Proposta dá 15 dias para que país apresente inventário completo do seu programa de armas químicas, e que abra todos os locais relacionados a inspetores da ONU

Hong Lei: "a China apoia o Conselho de Segurança da ONU desempenhando um papel importante nas questões da paz mundial e da segurança" (Frederic J. Brown/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 10h23.

Pequim - A China reagiu com frieza na quarta-feira a uma proposta francesa de resolução do Conselho de Segurança da ONU para o controle das armas químicas da Síria, dizendo que eventuais decisões devem se basear num consenso e levar a uma solução pacífica.

A proposta redigida pela França dá 15 dias para que a Síria apresente um inventário completo do seu programa de armas químicas, e que abra imediatamente todos os locais relacionados a inspetores da ONU.

O texto, ao qual a Reuters teve acesso, acrescenta que, em caso de descumprimento, o Conselho de Segurança se reserva ao direito de "adotar novas medidas necessárias de acordo com o Artigo 7º." da Carta da ONU.

O artigo 7º. trata do poder conferido ao Conselho para impor sanções ou intervenções militares. Essa referência, segundo diplomatas, deixou a Rússia relutante em apoiar a proposta francesa.

O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, não manifestou explicitamente apoio ou reprovação à proposta chinesa, mas fez algumas ressalvas.

"A China apoia o Conselho de Segurança da ONU desempenhando um papel importante nas questões da paz mundial e da segurança, e está disposto a permanecer em contato com todas as partes a respeito os próximos passos pelo Conselho de Segurança", disse.

"Também acreditamos que uma ação do Conselho de Segurança deve se basear no consenso alcançado após discussões completas com todos os lados, deve ajudar a melhorar a atua tensão na Síria, ser útil para manter a paz e a estabilidade na Síria e na região, e ser útil para uma solução política", acrescentou Hong.


Rússia e China já vetaram várias tentativas anteriores de impor punições ao governo sírio por intermédio do Conselho de Segurança.

Hong repetiu a oposição chinesa a qualquer ação militar unilateral na Síria, e disse que a proposta original da Rússia, prevendo a entrega do arsenal químico sírio ao controle internacional, criou uma "oportunidade importante" para uma solução política da crise.

"Esperamos que todas as partes possam aproveitar essa oportunidade e se esforçar proativamente para resolver a questão síria por meios políticos e diplomáticos", afirmou.

A proposta feita pela Rússia levou o governo dos EUA a reverem, ao menos temporariamente, sua intenção de bombardear a Síria para punir o governo de Bashar al Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis. Assad nega ter cometido o ataque com gás sarin em 21 de agosto.

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Pequim - A China reagiu com frieza na quarta-feira a uma proposta francesa de resolução do Conselho de Segurança da ONU para o controle das armas químicas da Síria, dizendo que eventuais decisões devem se basear num consenso e levar a uma solução pacífica.

A proposta redigida pela França dá 15 dias para que a Síria apresente um inventário completo do seu programa de armas químicas, e que abra imediatamente todos os locais relacionados a inspetores da ONU.

O texto, ao qual a Reuters teve acesso, acrescenta que, em caso de descumprimento, o Conselho de Segurança se reserva ao direito de "adotar novas medidas necessárias de acordo com o Artigo 7º." da Carta da ONU.

O artigo 7º. trata do poder conferido ao Conselho para impor sanções ou intervenções militares. Essa referência, segundo diplomatas, deixou a Rússia relutante em apoiar a proposta francesa.

O porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, não manifestou explicitamente apoio ou reprovação à proposta chinesa, mas fez algumas ressalvas.

"A China apoia o Conselho de Segurança da ONU desempenhando um papel importante nas questões da paz mundial e da segurança, e está disposto a permanecer em contato com todas as partes a respeito os próximos passos pelo Conselho de Segurança", disse.

"Também acreditamos que uma ação do Conselho de Segurança deve se basear no consenso alcançado após discussões completas com todos os lados, deve ajudar a melhorar a atua tensão na Síria, ser útil para manter a paz e a estabilidade na Síria e na região, e ser útil para uma solução política", acrescentou Hong.


Rússia e China já vetaram várias tentativas anteriores de impor punições ao governo sírio por intermédio do Conselho de Segurança.

Hong repetiu a oposição chinesa a qualquer ação militar unilateral na Síria, e disse que a proposta original da Rússia, prevendo a entrega do arsenal químico sírio ao controle internacional, criou uma "oportunidade importante" para uma solução política da crise.

"Esperamos que todas as partes possam aproveitar essa oportunidade e se esforçar proativamente para resolver a questão síria por meios políticos e diplomáticos", afirmou.

A proposta feita pela Rússia levou o governo dos EUA a reverem, ao menos temporariamente, sua intenção de bombardear a Síria para punir o governo de Bashar al Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis. Assad nega ter cometido o ataque com gás sarin em 21 de agosto.

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