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China precisa aumentar e melhorar gastos sociais, diz OCDE

Para a organização, país investe menos do que necessita em saúde e educação para atender a sua expansão econômica

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

A China gasta pouco e mal os recursos que investe em saúde pública e educação. A conclusão é de pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta terça-feira (14/2). O total de investimentos chineses nessas áreas correspondeu a 5,5% do PIB do país em 2002. No mesmo ano, os 30 países-membros da OCDE - que incluem as nações mais ricas do mundo - investiram, em média, 28,2% do PIB.

A organização recomenda que a China eleve e melhore a qualidade dos gastos nesses setores, para que tenha condições de atender ao seu próprio crescimento econômico. Segundo a OCDE, províncias e municípios recebem pouco apoio para programas sociais, contam com recursos insuficientes para suas tarefas e são cerceados pelo autoritário governo central. O resultado é a desassistência da população. Cerca de metade dos habitantes de áreas urbanas e 80% dos da área rural não têm plano de saúde.

O estudo reconhece que os investimentos públicos na China vêm crescendo, mas adverte que a maior expansão concentra-se nas áreas de infra-estrutura e administração pública. Em 1997, o total de gastos do governo equivalia a 17,7% do PIB, contra 27,4% em 2003. Mesmo assim, o desempenho está bem abaixo dos países desenvolvidos. Os membros da OCDE investiram, há três anos, o equivalente a 44,5% do PIB.

As recomendações da OCDE à China envolvem a criação de canais alternativos para o escoamento de recursos, a fim de melhorar a transparência de sua aplicação e a eficiência; mudar a relação entre o governo central e as autoridades locais, com o objetivo de elevar a responsabilidade social das instituições; e racionalizar a máquina pública, eliminando sobreposições de funções e o número excessivo de níveis administrativos.

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