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China mostra forte demanda por petróleo em maio; gasto é recorde

Mesmo com a alta demanda, ritmo de crescimento econômico é menor, segundo economistas

Importações de petróleo subiram mais de 20% no país (Feng Li/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 15h07.

Xangai/Pequim - A China demonstrou uma robusta demanda por petróleo e carvão em maio, ignorando os preços altos e elevando as importações de petróleo em mais de 20 por cento.

Mas o apetite por cobre permaneceu fraco. E as compras de minério de ferro não foram muito animadoras.

Economistas olham atentamente para os sinais de uma redução de ritmo do crescimento da economia da China, o que poderia diminuir a demanda por matérias-primas à medida que o governo aperta sua política monetária para amenizar a inflação.

Mas muitos analistas vêem a demanda por commodities ainda forte, com o país colocando dinheiro em projetos de infraestrutura, entre outros.

O dado considerado mais fraco das importações de maio se refere ao cobre. Os embarques para a China, o maior consumidor do metal, foram menores que os esperados, de 254.738 toneladas.

Segundo analistas, os compradores estão recorrendo aos estoques pra suprir a demanda e as importações devem ser retomadas no segundo semestre.

"Esperamos uma recuperação acentuada em junho, e operadores terão de ser mais agressivos para trazer cobre. Uma recuperação de 20 por cento ante os níveis atuais é possível", disse Judy Zhu, analista do Standard Chartered Bank.

Minério

Uma ameaça mais séria para os fornecedores da China que uma aparente redução nas compras de cobre pode ser uma lentidão nas importações de minério de ferro, que atingiram 53,3 milhões de toneladas, apenas 0,8 por cento acima do mês de abril.

O volume é 2,7 por cento acima de maio de 2010, embora o custo total das importações tenha subido em um terço, para 8,9 bilhões de dólares.

O setor de aço da China, que responde por quase a metade da produção mundial, normalmente reduz a força no segundo semestre do ano e atualmente enfrenta dois problemas: aperto monetário e escassez de energia.

Ao mesmo tempo, as reservas de minério de ferro nos portos da China atingiram um recorde, sinalizando um mercado saturado.

"Eu espero que os embarques caiam em junho, com as siderúrgicas cortanto suas compras e consumindo mais minério doméstico para atender a demanda", disse um operador de minério de ferro em Xangai.


Petróleo tem custo recorde

Enquanto as importações de cobre murcham e as de minério de ferro cambaleiam, as importações de petróleo se mantiveram, apesar dos preços altos seguindo os conflitos na Líbia. As compras superaram 5 milhões de barris por dia pelo quinto mês seguido.

O volume mensal se manteve praticamente estável em maio, a 21,55 milhões de toneladas, ou 5,07 milhões de barris por dia.

O custo com as importações foi de 18 bilhões de dólares, um recorde.

Isso representa uma alta nos gastos com a importação de 70 por cento ante maio de 2010, enquanto em volume o crescimento foi de 20,7 por cento.

"Há sinais de que a economia da China tem um crescimento moderado, mas o apetite em maio não reduziu muito, porque a China está expandindo suas reservas estratégicas", disse um analista em Pequim que não quis se identificar.

A importação de carvão foi de 13,4 milhões de toneladas em maio, uma alta de 20,7 por cento ante abril, devido à necessidade de geração de energia no país, segundo especialistas.

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Xangai/Pequim - A China demonstrou uma robusta demanda por petróleo e carvão em maio, ignorando os preços altos e elevando as importações de petróleo em mais de 20 por cento.

Mas o apetite por cobre permaneceu fraco. E as compras de minério de ferro não foram muito animadoras.

Economistas olham atentamente para os sinais de uma redução de ritmo do crescimento da economia da China, o que poderia diminuir a demanda por matérias-primas à medida que o governo aperta sua política monetária para amenizar a inflação.

Mas muitos analistas vêem a demanda por commodities ainda forte, com o país colocando dinheiro em projetos de infraestrutura, entre outros.

O dado considerado mais fraco das importações de maio se refere ao cobre. Os embarques para a China, o maior consumidor do metal, foram menores que os esperados, de 254.738 toneladas.

Segundo analistas, os compradores estão recorrendo aos estoques pra suprir a demanda e as importações devem ser retomadas no segundo semestre.

"Esperamos uma recuperação acentuada em junho, e operadores terão de ser mais agressivos para trazer cobre. Uma recuperação de 20 por cento ante os níveis atuais é possível", disse Judy Zhu, analista do Standard Chartered Bank.

Minério

Uma ameaça mais séria para os fornecedores da China que uma aparente redução nas compras de cobre pode ser uma lentidão nas importações de minério de ferro, que atingiram 53,3 milhões de toneladas, apenas 0,8 por cento acima do mês de abril.

O volume é 2,7 por cento acima de maio de 2010, embora o custo total das importações tenha subido em um terço, para 8,9 bilhões de dólares.

O setor de aço da China, que responde por quase a metade da produção mundial, normalmente reduz a força no segundo semestre do ano e atualmente enfrenta dois problemas: aperto monetário e escassez de energia.

Ao mesmo tempo, as reservas de minério de ferro nos portos da China atingiram um recorde, sinalizando um mercado saturado.

"Eu espero que os embarques caiam em junho, com as siderúrgicas cortanto suas compras e consumindo mais minério doméstico para atender a demanda", disse um operador de minério de ferro em Xangai.


Petróleo tem custo recorde

Enquanto as importações de cobre murcham e as de minério de ferro cambaleiam, as importações de petróleo se mantiveram, apesar dos preços altos seguindo os conflitos na Líbia. As compras superaram 5 milhões de barris por dia pelo quinto mês seguido.

O volume mensal se manteve praticamente estável em maio, a 21,55 milhões de toneladas, ou 5,07 milhões de barris por dia.

O custo com as importações foi de 18 bilhões de dólares, um recorde.

Isso representa uma alta nos gastos com a importação de 70 por cento ante maio de 2010, enquanto em volume o crescimento foi de 20,7 por cento.

"Há sinais de que a economia da China tem um crescimento moderado, mas o apetite em maio não reduziu muito, porque a China está expandindo suas reservas estratégicas", disse um analista em Pequim que não quis se identificar.

A importação de carvão foi de 13,4 milhões de toneladas em maio, uma alta de 20,7 por cento ante abril, devido à necessidade de geração de energia no país, segundo especialistas.

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