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China vai impor restrições de visto dos EUA por causa de Hong Kong

O anúncio foi feito em meio ao debate sobre nova lei de segurança nacional para Hong Kong, que é alvo de críticas dos Estados Unidos

Presidente chinês, Xi Jinping, está em Brasília para cúpula dos Brics (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2020 às 10h04.

Última atualização em 29 de junho de 2020 às 10h04.

Pequim disse nesta segunda-feira que imporá restrições de visto a indivíduos dos Estados Unidos com "conduta ofensiva" em temas relacionados a Hong Kong , espelhando sanções norte-americanas a autoridades chinesas não identificadas consideradas responsáveis pela limitação das liberdades da cidade.

O anúncio chega no momento em que o principal órgão decisório do Parlamento da China delibera a respeito do projeto de uma lei de segurança nacional para Hong Kong que ativistas pró-democracia da cidade temem ser usada para eliminar a dissidência e endurecer o controle de Pequim.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, que anunciou as novas sanções durante uma coletiva de imprensa em resposta a uma pergunta sobre as novas restrições de visto de Washington, não especificou quais indivíduos norte-americanos foram visados.

"Os EUA estão tentando obstruir a legislação da China para salvaguardar a segurança nacional da HK SAR (Região Administrativa Especial de Hong Kong) impondo as chamadas restrições, mas nunca terão sucesso", disse ele aos repórteres.

"Em reação... a China decidiu impor restrições de visto a indivíduos dos EUA com uma conduta ofensiva em temas relacionados a Hong Kong."

Na semana passada, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que as novas restrições de visto de Washington se aplicarão a autoridades "atuais e antigas" do Partido Comunista governista chinês "que se acredita serem responsáveis por, ou cúmplices de, minar o alto grau de autonomia de Hong Kong".

O Senado dos EUA também aprovou na semana passada um projeto de lei que imporia sanções obrigatórias a pessoas ou empresas que apoiem os esforços para limitar a autonomia de Hong Kong. Ele inclui sanções secundárias a bancos que fazem negócios com qualquer um que apoie qualquer repressão da autonomia do território.

Zhao disse aos repórteres que a China apresentou uma queixa aos EUA por causa do projeto de lei e que alertou que Pequim reagirá com contramedidas contundentes em reação a ações norte-americanas a respeito de Hong Kong.

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