Bandeiras da China e dos Estados Unidos em Xangai 30/07/2019 REUTERS/Aly Song (Aly Song/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 7 de outubro de 2020 às 12h45.
A China disse nesta quarta-feira (7) que os Estados Unidos deveriam encerrar seus ataques e suas acusações sem justificativa contra Pequim, acusando o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, de criar um confronto político por má fé e de difamar o país.
Na terça-feira (6), Pompeo visitou o Japão e pediu mais colaboração do país, da Índia e da Austrália como contraposição à influência regional crescente da China.
"Pompeo fabricou mentiras contra a China repetidamente e criou um confronto político por má fé", disse a embaixada chinesa no Japão em um comunicado. "Mais uma vez, fazemos um apelo aos EUA para abandonarem sua mentalidade da Guerra Fria e seu preconceito ideológico, para pararem com ataques e acusações sem justificativa contra a China e para tratarem as relações com a China de uma maneira construtiva."
A visita de Pompeo ao leste asiático, sua primeira em mais de um ano, coincide com o agravamento das tensões dos EUA com a China. As duas maiores economias do mundo estão em choque em diversas áreas, desde a forma como Pequim tratou do coronavírus até a nova lei de segurança que impôs a Hong Kong e às ambições chinesas no Mar do Sul da China.
O clamor de Pompeo para que os países do grupo Quad --EUA, Japão, Índia e Austrália-- formem uma frente unida contra a influência crescente da China é um tema delicado para os parceiros dos Estados Unidos, que dependem da China no comércio.