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China está preocupada com lançamento de satélite coreano

O anúncio de Pyongyang aconteceu quando o enviado especial de Pequim para a desnuclearização da península coreana estava na Coreia do Norte

Coreia do Norte: "Esperamos que a Coreia do Norte atue com moderação em vez de cometer ações que possam provocar a escalada das tensões" (Jung Yeon-je / AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 08h47.

Pequim - O governo da China manifestou nesta quarta-feira sua "grave preocupação" com o plano anunciado pela Coreia do Norte de lançar de forma iminente um satélite espacial e instou a Pyongyang a comportar-se "com cautela".

"Esperamos que a Coreia do Norte atue com moderação em vez de cometer ações que possam provocar a escalada das tensões", afirmou hoje o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Lu Kang, em entrevista coletiva em Pequim.

A Coreia do Norte comunicou ontem à Organização Marítima Internacional (OMI), com sede em Londres, que planeja lançar um satélite de "observação" entre os dias 8 e 25 de fevereiro, o que provocou críticas de diversos países, como os Estados Unidos, que o considera uma violação das resoluções da ONU.

"Achamos que a Coreia do Norte tem o direito de utilizar de maneira pacífica o espaço aéreo, mas neste momento esse direito está sujeito às restrições da resolução do Conselho de Segurança da ONU", considerou Lu, alinhado com a posição americana.

O anúncio de Pyongyang aconteceu quando o enviado especial de Pequim para a desnuclearização da península coreana, Wu Dawei, estava na Coreia do Norte.

O porta-voz chinês não quis responder se a visita de Wu esteve ligada ao anúncio do lançamento do satélite ou se a China conhecia de antemão a decisão de Pyongyang.

Ele também evitou falar diretamente se China apoia ou não novas sanções a Pyongyang, como o Conselho de Segurança da ONU cogita, e defendeu que agora "o urgente" é avançar na desnuclearização da península e assegurar a estabilidade e a segurança da região.

O porta-voz chinês lembrou a visita na semana passada à Pequim do secretário de Estado americano, John Kerry, e garantiu que o chefe da diplomacia dos EUA concordou com seu par chinês, Wang Yi, de que "as sanções não são um fim em si mesmas".

Nessa visita, China e EUA ainda concordaram com a necessidade de promover uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, após o anúncio de seu primeiro teste com bomba de hidrogênio no início de ano, apesar de ambos os países terem mostrado pouco consenso quanto ao conteúdo da resolução e à possibilidade de sanções.

Defendendo uma futura solução "através do diálogo", Lu retomou alguns avanços mostrados por Pyongyang no passado, como em 2007, quando as delegações das duas Coreias mais EUA, Rússia, Japão e China assinaram um acordo que implicava no fechamento das instalações nucleares da Coreia do Norte em troca de ajuda energética e econômica.

A China, afirmou o porta-voz, seguirá em constante comunicação com todos os países envolvidos e continuará trabalhando "duro" para voltar às negociações de seis lados, paralisadas desde 2008.

"Em resposta à pressão de alguns países e às sanções, a Coreia do Norte realizou um teste nuclear após outro, batendo na cara de alguns países", enfatizou Lu.

"Esperamos que os países correspondentes resolvam suas diferenças através da negociação. Não queremos ver uma escalada das tensões, mas se insistirem em provocá-la, não seremos capazes de deter-los".

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Pequim - O governo da China manifestou nesta quarta-feira sua "grave preocupação" com o plano anunciado pela Coreia do Norte de lançar de forma iminente um satélite espacial e instou a Pyongyang a comportar-se "com cautela".

"Esperamos que a Coreia do Norte atue com moderação em vez de cometer ações que possam provocar a escalada das tensões", afirmou hoje o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Lu Kang, em entrevista coletiva em Pequim.

A Coreia do Norte comunicou ontem à Organização Marítima Internacional (OMI), com sede em Londres, que planeja lançar um satélite de "observação" entre os dias 8 e 25 de fevereiro, o que provocou críticas de diversos países, como os Estados Unidos, que o considera uma violação das resoluções da ONU.

"Achamos que a Coreia do Norte tem o direito de utilizar de maneira pacífica o espaço aéreo, mas neste momento esse direito está sujeito às restrições da resolução do Conselho de Segurança da ONU", considerou Lu, alinhado com a posição americana.

O anúncio de Pyongyang aconteceu quando o enviado especial de Pequim para a desnuclearização da península coreana, Wu Dawei, estava na Coreia do Norte.

O porta-voz chinês não quis responder se a visita de Wu esteve ligada ao anúncio do lançamento do satélite ou se a China conhecia de antemão a decisão de Pyongyang.

Ele também evitou falar diretamente se China apoia ou não novas sanções a Pyongyang, como o Conselho de Segurança da ONU cogita, e defendeu que agora "o urgente" é avançar na desnuclearização da península e assegurar a estabilidade e a segurança da região.

O porta-voz chinês lembrou a visita na semana passada à Pequim do secretário de Estado americano, John Kerry, e garantiu que o chefe da diplomacia dos EUA concordou com seu par chinês, Wang Yi, de que "as sanções não são um fim em si mesmas".

Nessa visita, China e EUA ainda concordaram com a necessidade de promover uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, após o anúncio de seu primeiro teste com bomba de hidrogênio no início de ano, apesar de ambos os países terem mostrado pouco consenso quanto ao conteúdo da resolução e à possibilidade de sanções.

Defendendo uma futura solução "através do diálogo", Lu retomou alguns avanços mostrados por Pyongyang no passado, como em 2007, quando as delegações das duas Coreias mais EUA, Rússia, Japão e China assinaram um acordo que implicava no fechamento das instalações nucleares da Coreia do Norte em troca de ajuda energética e econômica.

A China, afirmou o porta-voz, seguirá em constante comunicação com todos os países envolvidos e continuará trabalhando "duro" para voltar às negociações de seis lados, paralisadas desde 2008.

"Em resposta à pressão de alguns países e às sanções, a Coreia do Norte realizou um teste nuclear após outro, batendo na cara de alguns países", enfatizou Lu.

"Esperamos que os países correspondentes resolvam suas diferenças através da negociação. Não queremos ver uma escalada das tensões, mas se insistirem em provocá-la, não seremos capazes de deter-los".

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