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China entrega 10 soldados indianos presos durante confronto na fronteira

As duas potências nucleares tentaram apaziguar as tensões em sua divisa disputada no oeste do Himalaia

Confrontos: ao menos 76 soldados indianos foram presos na fronteira (SAM PANTHAKY/AFP)

Confrontos: ao menos 76 soldados indianos foram presos na fronteira (SAM PANTHAKY/AFP)

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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2020 às 11h51.

Última atualização em 19 de junho de 2020 às 11h53.

A China devolveu 10 soldados indianos capturados durante um confronto mortal na fronteira no início desta semana, disse uma fonte do governo da Índia nesta sexta-feira, e as duas potências nucleares asiáticas tentaram apaziguar as tensões em sua divisa disputada no oeste do Himalaia.

O Exército indiano não comentou a libertação, que, de acordo com a fonte, aconteceu na noite de quinta-feira, preferindo se referir a um comunicado do governo segundo o qual todos os soldados foram computados.

Vinte soldados indianos, incluindo um militar graduado, morreram durante combates corpo a corpo violentos na noite de segunda-feira no Vale de Galwan, de acordo com o governo, o choque mais mortífero na fronteira entre Índia e China em mais de cinco décadas.

A Índia disse que o lado chinês também sofreu baixas, mas Pequim não admitiu nenhuma.

A tensão continua alta, apesar de os dois governos terem concordado em tentar amenizar o confronto. Um dia depois dos funerais de alguns dos soldados em suas cidades-natais, o clima público está endurecido na Índia --aumentam os clamores por vingança e um boicote a bens de origem chinesa.

Autoridades militares conversaram depois do incidente, mas não há sinais de avanço.

"A situação continua como estava, não existe distensão, mas também não há um fortalecimento de forças", disse uma segunda fonte do governo da Índia que está a par da situação no local do conflito.

O funcionário disse que ao menos 76 soldados indianos ficaram feridos no confronto e que foram hospitalizados.

"Até agora ninguém está em estado grave", acrescentou.

Vendo a nação em choque com a perda dos soldados, o primeiro-ministro, Narendra Modi, enfrenta um de seus maiores desafios de política externa desde que chegou ao poder, em 2014.

Na noite desta sexta-feira, Modi realizará uma reunião suprapartidária em Nova Délhi para debater a crise na fronteira com a China.

Ainda nesta sexta-feira, os Estados Unidos ofereceram os pêsames à Índia devido à morte dos soldados.

"Oferecemos nossas condolências mais profundas ao povo da Índia pelas vidas perdidas em resultado do confronto recente com a China", disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em uma mensagem publicada no Twitter.

Tendo procurado ativamente um envolvimento econômico maior com a China, Modi se vê forçado a rever tais laços no momento em que as relações entre China e EUA também se deterioram.

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